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Acusado de articular o impeachment de Dilma, Baleia Rossi diz que Eduardo Cunha faz campanha para Arthur Lira

Candidato à presidência da Casa Baixa, Baleia Rossi está de passagem pelo Recife nesta terça-feira (26) para um encontro com o governador Paulo Câmara (PSB)

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Renata Monteiro

Publicado em 26/01/2021 às 15:44 | Atualizado em 26/01/2021 às 16:20
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Horas após a Folha de S.Paulo divulgar um trecho exclusivo do livro "Tchau, querida", em que o ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha diz que o deputado federal Baleia Rossi (MDB) foi um dos principais articuladores do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), o emedebista afirmou que Cunha - atualmente cumprindo prisão domiciliar - deveria estar focado "na sua defesa". Candidato à presidência da Casa Baixa, Baleia Rossi está de passagem pelo Recife nesta terça-feira (26) para um encontro com o governador Paulo Câmara (PSB) e deputados da bancada pernambucana na Câmara em busca de apoio na eleição.

"Eu acho que o ex-deputado Eduardo Cunha deve estar mais compenetrado na sua defesa, e não deveria estar fazendo qualquer tipo de análise política e muito menos campanha para o meu adversário", disparou o deputado, referindo-se à candidatura de Arthur Lira (PP), nome apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), para a presidência da Câmara.

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Conforme as informações publicadas pela colunista Mônica Bergamo, o livro de Cunha, que deve ser lançado nos próximos meses, fala ainda sobre a relação de grande proximidade que Rossi possui com o ex-presidente Michel Temer (MDB) e diz que o parlamentar só não fez parte do governo dele  como ministro porque "respondia a acusações de fraude na merenda escolar de São Paulo". O PT, partido da ex-presidente Dilma, apoia a candidatura de Baleia Rossi para o comando da Câmara.

Impeachment

Desde que a falta de oxigênio nos hospitais de Manaus levou vários pacientes com covid-19 à morte neste mês, a pressão para a abertura de um processo de impeachment contra o presidente Bolsonaro cresceu bastante. Nos últimos sábado (23) e domingo (24), por exemplo, grupos de esquerda e direita que se opõem às ações do governo federal realizaram diversos atos em todo o Brasil pedindo a deposição do presidente.

Questionado se tem a intenção de dar encaminhamento a algum dos 62 pedidos de impeachment já protocolados contra Bolsonaro na Câmara caso vença a eleição do dia 1º de fevereiro, Baleia Rossi garantiu que, se eleito, analisará cada uma das solicitações. "Eu tenho um compromisso, que é com a Constituição. E como presidente da Câmara dos Deputados, o nosso compromisso é fazer a análise de todos os pedidos, dentro do que diz a lei. Portanto (abrir impeachment) não é uma bandeira da nossa campanha e nem poderia ser. Nós temos o dever constitucional de fazer a análise e, se Deus me der a oportunidade de ser presidente da Câmara dos Deputados, eu farei", garantiu.

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