Depois de cloroquina, Bolsonaro defende 'spray' ainda em estudo para tratar covid-19
Bolsonaro disse que vai conversar com o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, sobre o remédio, ainda em estudo por cientistas israelenses, para tratar a covid-19
O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira (11) que deve se encontrar nesta sexta-feira (12) de modo virtual com o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu. O objetivo do encontro será conversar sobre um remédio, ainda em estudo por cientistas israelenses, para tratar a covid-19.
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"Já está acertado o encontro virtual entre eu e Binyamin Natanyahu para falarmos sobre esse novo spray que está servindo, pelo menos experimentalmente ainda, para pessoas em estado grave", disse nesta noite em transmissão ao vivo nas redes sociais.
Na semana passada, Israel anunciou que um medicamento experimental contra o câncer pode ajudar na recuperação de pacientes com coronavírus. Acadêmicos israelenses afirmaram que 29 dos 30 pacientes com casos moderados a graves de covid-19 tratados com EXO-CD24 tiveram uma recuperação completa em cinco dias. O medicamento, que é inalado, foi originalmente desenvolvido para combater o câncer de ovário e ainda requer mais testes.
"Está em estado grave? Toma, poxa. Vai esperar sem entubado? E por coincidência, eles estavam desenvolvendo um medicamento para tratar do câncer de ovário. E aplicou em 29 pacientes em estado grave. Todos se recuperaram. Então, é uma tremenda de uma notícia. Espero que seja realmente eficaz para o tratamento da covid", comentou o presidente.
Segundo Bolsonaro, a ideia é trazer o remédio para o Brasil para submeter a análise da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Para tal, destacou que está debatendo o assunto com o ministro Ernesto Araújo, das Relações Exteriores.
Tratamento "fora da bula"
Na live desta quinta-feira (11), Bolsonaro voltou a defender o tratamento off label, fora da bula, e o uso da hidroxicloroquina contra a covid-19, apesar de não existir comprovação da sua eficácia contra a doença. O presidente também rebateu críticas sobre aumento da produção e estoques do remédio justificando que houve mais consumo da droga, que também é usada para tratar outras doenças.