Covid-19

Por falta de vacinas contra covid-19, Confederação dos Municípios pede que Pazuello deixe o comando da Saúde

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Renata Monteiro

Publicado em 16/02/2021 às 18:49 | Atualizado em 16/02/2021 às 19:18
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Poucas horas após a Frente Nacional de Prefeitos (FNP) lançar uma nota responsabilizando o governo federal e seus "sucessivos equívocos" pela falta de vacinas contra o coronavírus no País, outra entidade representativa dos gestores municipais, a Confederação Nacional de Municípios (CNM), se pronunciou sobre a situação e pediu a saída de Eduardo Pazuello do Ministério da Saúde. O texto da CNM é assinado pelo seu presidente, Glademir Aroldi.

No comunicado, divulgado no início da noite desta terça-feira (16), a CNM diz que pede o afastamento do ministro em nome de prefeitos de cidades de várias partes do País que têm assistido e vivido "desesperadamente a angústia e o sofrimento da população que corre aos postos de saúde na busca de vacinas contra a Covid-19". A entidade conta, ainda, que diversos gestores já indicaram a suspensão da vacinação de grupos prioritários a partir desta semana, "em consequência da interrupção da reposição das doses e da falta de previsão de novas remessas pelo Ministério".

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Assim como ressaltou a FNP, a CNM diz que já tentou por várias vezes entrar em contato com o Ministério da Saúde, mas que a pasta tem "reiteradamente ignorado os prefeitos do Brasil". "Seu comando não acreditou na vacinação como saída para a crise e não realizou o planejamento necessário para a aquisição de vacinas. Todas as iniciativas adotadas até aqui foram realizadas apenas como reação à pressão política e social, sem qualquer cronograma de distribuição para Estados e Municípios. Com uma postura passiva, a atual gestão não atende à expectativa da Federação brasileira, a qual deveria ter liderado, frustrando assim a população do País", afirma parte do texto.

Por fim, a entidade frisa que considera a vacinação o único caminho possível para transpor a crise criada pelo coronavírus e para a retomada econômica do Brasil. Por isso e por acreditar que Pazuello não tem condições de conduzir o processo de vacinação no País, diz a nota, "o movimento municipalista entende necessária, urgente e inevitável a troca de comando da pasta para o bem dos brasileiros".

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