Vice-presidente do PSL pede expulsão de Daniel Silveira do partido após prisão
Aliado de Bolsonaro, Daniel Silveira foi preso após ataques ao STF
Vice-presidente nacional do PSL, o deputado federal Junior Bozzella (SP) deve pedir, nesta quarta-feira (17), à Executiva Nacional do partido a expulsão do deputado Daniel Silveira (PSL-RJ), que foi preso em flagrante após pedido do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
Bozzella apresentará o requerimento junto com o deputado Marcelo Freitas (PSL-MG) e estima que terá assinaturas de pelo menos mais seis correligionários. A informação é do portal UOL.
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No fim da noite dessa terça-feira (16), a Polícia Federal (PF) foi até a casa de Daniel, no Rio de Janeiro, com ordem de prisão expedida pelo ministro Alexandre de Moraes. A ação ocorreu após ele postar um vídeo nas redes sociais com ofensas e ameaças a ministros do STF e fazendo a defesa do AI-5.
Segundo o despacho, o ministro do Supremo determinou à PF a prisão imediata de Silveira, por se tratar de “ato em flagrante”. O parlamentar foi conduzido à superintendência da PF no Rio de Janeiro. O magistrado também determinou que o YouTube bloqueie imediatamente o vídeo de Silveira da plataforma, sob pena de multa diária de R$ 100 mil.
Ao UOL, o deputado Bozzella disse se sentir "envergonhado de assistir o nível de desequilíbrio e irresponsabilidade de alguns parlamentares", disse ele à coluna. "Precisamos deixar claro para a sociedade brasileira que a atitude de alguns criminosos travestidos de deputados, não expressa o sentimento, e muito menos representa o caráter da maioria do povo brasileiro", completou o parlamentar.
Inquérito
Bolsonarista, Daniel Silveira é investigado pelo STF no inquérito que mira o financiamento e organização de atos antidemocráticos em Brasília. Em junho, ele foi alvo de buscas e apreensões pela Polícia Federal e teve o sigilo fiscal quebrado por decisão de Moraes.
O deputado negou, em depoimento, o fato de produzir ou repassar mensagens que incitassem animosidade das Forças Armadas contra o Supremo ou os ministros.