Gravação
PT pede inquérito policial contra homem que em vídeo faz ameaças de morte a Lula
Na gravação, empresário efetua disparos com uma arma em um alvo improvisado; deputados apontam que ele cometeu ameaça, incitação ao crime, calúnia, porte ilegal e disparo de arma de fogo
Os deputados federais Gleisi Hoffmann, Rui Falcão e Paulo Teixeira, todos do PT, acionaram o procurador-geral de Justiça de São Paulo, Mário Sarrubbo, para investigar um homem que gravou um vídeo em que ameaça dar tiros no ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A gravação foi divulgada em diversas redes sociais após o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, anular as condenações do petista e torná-lo elegível.
O homem foi identificado pelos deputados como um empresário de Arthur Nogueira, município no interior de São Paulo.
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Na gravação, ele efetua disparos com uma arma em um alvo improvisado. "Lula seu filho da puta, quero dar um recado pra você. Hoje é sábado, dia 13 de março, presta atenção no recado que eu vou dar pra você, seu vagabundo: Se você não devolver os R$ 84 bilhões que você roubou do fundo de pensão dos trabalhadores, você vai ter problema, ein, cara. Você vai ter problema", afirmou.
Segundo os parlamentares, a gravação aponta diversos possíveis crimes cometidos pelo empresário, como ameaça, incitação ao crime, calúnia, porte ilegal e disparo de arma de fogo.
"Até o presente momento, não se dispõe de informações sobre a existência de autorização para o autor (do fato) portar arma de fogo, logo, urge verificar a regularidade dessa conduta, sob pena de caracterização do crime de porte ilegal de arma de fogo de uso permitido", apontam os deputados. "Por fim, note-se que os disparos não foram efetuados em um estande ou local apropriado para a prática de tiro esportivo, mas sim num pequeno campo de futebol, aparentemente localizado em uma chácara ou residência, logo, em tese, o fato também pode caracterizar o crime de disparo de arma de fogo."
O pedido de investigação foi encaminhado ao procurador-geral de Justiça de São Paulo, Mário Luiz Sarrubbo, a quem deverá decidir se abre um inquérito para apurar o caso.