Paulo Câmara e demais governadores do Nordeste pedem que professores e policiais tenham prioridade na vacinação
O ofício foi encaminhado ao presidente Jair Bolsonaro, ao ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, ao Secretário de Vigilância em Saúde do MS, Arnaldo Medeiros e ao ministro da Educação, Milton Ribeiro
O governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), assinou um ofício em conjunto com os demais chefes do Executivo estadual que integram o Consórcio Nordeste solicitando a inclusão de profissionais de Educação e Segurança na "prioridade das prioridades do Plano Nacional de Imunização (PNI) contra a covid-19". O documento, divulgado nesta terça-feira (30), foi enviado ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), aos ministros Marcelo Queiroga (Saúde) e Milton Ribeiro (Educação), e ao secretário de Vigilância em Saúde Arnaldo Medeiros.
"É incontornável a urgência de adaptarmos o Plano Nacional de Imunização do Brasil, historicamente reconhecido por sua eficiência e qualidade, às condições especiais que enfrentamos neste contexto de pandemia prolongada", afirmam os governadores.
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Ao defenderem os profissionais do Sistema de Segurança Pública que trabalham "diuturnamente na linha de frente do combate à covid-19" e os profissionais da Educação, tanto da rede pública quanto da rede privada de ensino, o Consórcio Nordeste pede que a inclusão de prioridade seja apreciado na Comissão Intergestores Técnica. Dessa forma, será possível a "adoção de regramento nacional excepcional para que os profissionais da ativa da segurança e educação sejam incluídos na prioridade das prioridades, estabelecendo critérios de acordo com a disponibilidade de vacinas e regras do PNI", declaram.
"Os governadores dos nove Estados da Região pedimos que haja imediata análise de nossa proposta para que possamos proteger profissionais da ativa de Educação e Segurança do Brasil e, assim, proteger de maneira mais eficiente todos os alunos e alunas e, claro, todos os brasileiros e brasileiras", complementam os gestores.
VERDADE E PAZ
Dezesseis governadores, incluindo o de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), divulgaram uma carta nessa segunda-feira (29) para pedir que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, e também do Supremo Tribunal Federal (STF) adotem providências para coibir a difusão de fake news. O texto é intitulado de "Queremos verdade e paz".
Os gestores afirmam que "estão lutando muito para garantir atendimento de saúde e apoio social à população. Enquanto isso, alguns agentes políticos espalham mentiras sobre dinheiro jamais repassado aos estados, fomentam tentativas de cassação de mandatos, tentam manipular policiais contra a ordem democrática, entre outros absurdos".
O presidente da República anunciou, no início de março, que o governo federal enviou R$ 600 bilhões para os estados investirem no enfrentamento à pandemia do novo coronavírus em 2020.
A carta não cita nomes, mas afirma que, "estimular motins policiais, divulgar fake news, agredir governadores e adversários políticos, são procedimentos repugnantes, que não podem prosperar em um país livre e democrático.
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou, também nesta segunda-feira, que decidiu se mudar para o Palácio dos Bandeirantes por questões de segurança. "O negacionismo na pandemia deixou de ser um delírio das redes sociais, provocado pela paixão política", disse.
A carta finaliza com um agradecimento aos servidores públicos e profissionais que "têm autuado incessantemente para vencermos a pandemia".