Condução da pandemia

Humberto Costa defende que a CPI da Covid comece ouvindo o atual ministro da Saúde Marcelo Queiroga

Senador pernambucano, que faz parte dos 11 integrantes da comissão, também pede pressa na investigação das negociações do governo para compra de vacinas da Pfizer

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Adriana Guarda

Publicado em 25/04/2021 às 22:05 | Atualizado em 25/04/2021 às 22:24
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Às vésperas do início dos trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, com previsão de começar nesta terça-feira (27), o senador Humberto Costa (PT) defende priorizar a convocação do atual ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, para ser ouvido. Costa é um dos 11 integrantes da CPI que vai investigar a condução da pandemia pelo governo Jair Bolsonaro. Em entrevista à Rádio Jornal, o senador comentou sobre o início da CPI e sobre suas expectativas para as primeiras ações. 

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Ele acredita que Queiroga deve ser ouvido antes mesmo de ouvir os três antecessores no Ministério da Saúde que deixaram o cargo, em meio à pandemia, general Eduardo Pazuello, e os médicos Nelson Teich e Luiz Henrique Mandetta. "Eu entendo que o ideal é que começássemos pela atual situação da pandemia, ou seja, convocando o atual ministro da saúde, o presidente da Anvisa (Antonio Barra Torres) e o Ministro das Relações Exteriores (Carlos Alberto França) para que eles possam dizer o que está sendo feito neste momento para a obtenção de vacinas para a liberação de vacinas que já foram compradas pelos Estados brasileiros. Outro questionamento é saber como o Ministro das Relações Exteriores está tentando equacionar problemas que foram criados ao longo da gestão do ex-ministro Ernesto Araújo", pondera o senador. 

NEGLIGÊNCIA

Outro tema que está no radar dos senadores da CPI da Covid é a denúncia de negligência na compra de 70 milhões de doses da vacina Pfizer. Segundo declarações da farmacêutica, o Ministério da Saúde teria burocratizado o processo e inviabilizado o acordo de compra. A demora na compra do imunizante da Pfizer teria atrasado todo o plano de vacinação do País. "Com toda essa informação surgida da negociação para a aquisição da vacina da Pfizer, eu entendo que essas duas coisas têm que caminhar lado a lado. Nós vamos ter que investigar de imediato esse processo da Pfizer, não só porque ele confirma a negligência do governo em adquirir as vacinas, mas também porque é uma coisa muito estranha o secretário de comunicação do governo ocupar o papel do ministro da saúde e de outros quadros da área sanitária para promover a negociação de um contrato bilionário para a aquisição de vacinas", diz Costa, fazendo referência ao ex-secretário de Comunicação da Presidência, Fabio Wajngarten. 

 

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