Covid-19

Terapia usada no tratamento de Paulo Gustavo, ECMO pode tornar-se obrigatória em hospitais de campanha da covid-19

De acordo com o texto do projeto de lei que tramita na Câmara, os recursos para a compra dos equipamentos e o treinamento das equipes serão oriundos do Fundo Nacional de Saúde (FNS)

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Renata Monteiro

Publicado em 12/05/2021 às 17:12 | Atualizado em 12/05/2021 às 17:32
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Com informações da Agência Câmara de Notícias

A Oxigenação por Membrana Extracorpórea (ECMO, na sigla em inglês), terapia utilizada pelo ator Paulo Gustavo enquanto ele se tratava da covid-19, pode tornar-se obrigatória nos hospitais de campanha montados para atender pacientes com a enfermidade. Em tramitação na Câmara dos Deputados, o Projeto de Lei 1514/21 determina que esse tipo de unidade hospitalar tenha pelo menos um equipamento de ECMO para atender os casos mais graves da doença.

De acordo com o texto da proposta, os recursos para a compra dos equipamentos e o treinamento das equipes serão oriundos do Fundo Nacional de Saúde (FNS), que concentra as verbas destinadas para o Sistema Único de Saúde (SUS).

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ECMO é uma terapia que consegue substituir as funções do coração ou do pulmão de maneira artificial. Frequentemente o aparelho é usado nos casos mais graves de insuficiência respiratória, quando o paciente não responde bem à ventilação mecânica tradicional. Em Pernambuco, por exemplo, a tecnologia já era utilizada antes mesmo da pandemia, tanto na rede pública quanto na privada, embora o seu alto custo seja um obstáculo para a popularização do equipamento na pandemia.

“Ciente do alto custo da terapia, a proposta apresenta a solução de uma quantidade mínima a ser ofertada e, neste momento da pandemia, apenas nos hospitais de campanha”, disse o deputado Francisco Jr. (PSD-GO), autor do projeto.

O projeto diz, ainda, que nos estados onde houver vários hospitais de campanha, caberá ao gestor público decidir em qual unidade será ofertado o tratamento. "Os equipamentos serão mantidos nas unidades da federação após a desmobilização dos hospitais", afirma a Câmara dos Deputados.

Como tramita em regime de urgência, a proposta será analisada diretamente no plenário da Casa.

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