Intimidação

Com assessor armado, Salles vai à PF pedir informações sobre inquérito, diz jornal

Nesta quarta-feira (19), Salles foi alvo de busca e apreensão em seus endereços por parte da Polícia Federal

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Douglas Hacknen

Publicado em 19/05/2021 às 18:50 | Atualizado em 19/05/2021 às 18:53
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Ricardo Salles, ministro do Meio Ambiente do governo Bolsonaro, teria ido à superintendência da Polícia Federal (PF) em Brasília cobrar explicações sobre o inquérito aberto contra ele e a pasta. O gestor foi alvo de busca e apreensão da Polícia Federal em seus endereços, através da operação Akuanduba, na manhã desta quarta-feira (19). Segundo o coluna Painel, do jornal Folha de S. Paulo, Salles chegou ao prédio da polícia por volta das 08h00, acompanhado de um assessor armado, que é um militar da reserva.

Recebido pelo chefe do órgão, Salles foi informado que o caso estava sob sigilo e de responsabilidade do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. O assessor armado faz a segurança pessoal do ministro, devido a ameaças que ele teria recebido, apurou o jornal.

A operação Akuanduba investiga possíveis desvios de conduta de servidores públicos do Ministério do Meio Ambiente e do Ibama, durante o processo de exportação de madeira. Suspeitas são de corrupção, advocacia administrativa, prevaricação e facilitação de contrabando que teriam sido praticados por agentes públicos e empresários do ramo madeireiro.  

As investigações que deram origem à operação desta quarta começaram em janeiro, de acordo com a PF, a partir de informações “obtidas de autoridades estrangeiras” que revelavam um “possível desvio de conduta de servidores públicos brasileiros no processo de exportação de madeira”.

Após participar de um evento em Brasília, Salles chamou a operação de exagerada. Ele diz acreditar que o ministro Alexandre de Moraes foi induzido ao erro.

 

 

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