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Cármen Lúcia envia à PGR pedido de investigação contra Bolsonaro por live sobre urna eletrônica

Pedido foi feito por parlamentares de oposição. O presidente usou a live, transmitida em rede social e pela TV Brasil, para criticar sistema eletrônico de votação

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Douglas Hacknen

Publicado em 04/08/2021 às 21:35 | Atualizado em 04/08/2021 às 21:38
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A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, enviou à Procuradoria-Geral da República (PGR), nesta quarta-feira (4), uma solicitação de abertura de investigação contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). O pedido foi realizado por parlamentares de oposição. O requerimento usa como base as declarações do mandatário durante live realizada na última quinta-feira (29).

Para a ministra, o que foi falado na live é "grave", e as declarações "podem, em tese, configurar crime". Bolsonaro pode ser acusado por de crime de natureza eleitoral; utilização ilegal de bens públicos e atentados contra a independência de poderes da República.

Na prática, a PGR deve investigar se houve improbidade administrativa, pelo uso da TV Brasil para transmitir a live, ou seja, se foram usados recursos públicos pelo presidente para atacar adversários políticos e o Tribunal Superior Eleitoral; se houve propaganda eleitoral antecipada; se teve abuso de poder político e econômico e se houve "prática de crime de divulgação de fake news eleitoral".

Na transmissão, Bolsonaro questionou a segurança das urnas eletrônicas, mesmo admitindo não ter provas de possíveis fraudes nas eleições. O mandatário também defendeu a implementação do voto impresso e ameaçou a realização do pleito em 2022

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