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Em Santa Catarina, Bolsonaro se refere a Barroso como 'filho da puta'; veja o vídeo

O presidente da República tem feito recorrentes ataques contra os ministro do TSE e do STF, mas subiu ainda mais o tom nesta sexta

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Renata Monteiro

Publicado em 06/08/2021 às 16:09 | Atualizado em 06/08/2021 às 16:45
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Em rota de colisão com o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) se referiu ao magistrado nesta sexta-feira (6) como "filho da puta". A fala do chefe do Executivo federal ocorreu durante um encontro dele com apoiadores em Santa Catarina e foram transmitidas ao vivo nas suas redes sociais.

Na última quarta-feira (4), Bolsonaro foi incluído no inquérito do Supremo Tribunal Federal (STF) que apura a divulgação de informações falsas e também é investigado pelo próprio TSE. Já há algum tempo e por motivos diversos, o presidente tem feito vários ataques aos ministros das duas cortes, a cada dia elevando mais o tom dos críticas. "Aquele filho da puta do Barroso", disse, hoje.

Veja o vídeo:

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Barroso se tornou o alvo preferencial do militar da reserva nos últimos tempos porque o magistrado é contrário à principal pauta defendida hoje pelo presidente da República, a aprovação do voto impresso auditável pelo Congresso. Nos últimos dias, o ministro já foi chamado de "idiota", "imbecil", "semideus" e "dono da verdade", por exemplo.

O presidente também acusa Barroso de atuar politicamente na magistratura, tendo questionado, inclusive, se "é justo quem tirou Lula da cadeia, quem o tornou elegível, ser o mesmo que vai contar o voto numa sala secreta no TSE?". Apesar das insinuações, em julgamentos passados o ministro já negou o registro de candidatura ao petista e votou a favor da sua prisão, segundo a revista Veja.

Mesmo não respondendo diretamente ao gestor, Barroso revidou, à sua maneira, às agressões. Entre as ações elaboradas por ele está uma carta pública, assinada por ex-presidentes e e atuais integrantes do TSE, em defesa do atual sistema de votação brasileiro. Além disso, a corte decidiu, por unanimidade, abrir um inquérito para investigar as declarações do militar.

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