Bolsonaro rebate críticas sobre inflação: querem que eu faça milagre?
O presidente voltou a descartar a possibilidade de promover congelamento de preços
O presidente Jair Bolsonaro disse que tem conversado com o ministro da Economia, Paulo Guedes, para tomar providências contra o aumento da inflação. "Querem que eu faça milagre?", questionou durante transmissão semanal pela internet.
Ele disse que uma das "providências" contra a inflação é o aumento da Taxa Básica de Juros (Selic), atualmente em 5,25% ao ano. A taxa Selic foi elevada na última reunião do Copom em um ponto porcentual, o quarto aumento consecutivo dos juros. "Nós combatemos a inflação com mais produção, não tem outro caminho", completou.
- Alta dos alimentos faz brasileiro temer a volta do dragão da inflação
- Puxada por passagens aéreas e kit de ferramentas, inflação para o Dia dos Pais chega a 6,08% em 12 meses, diz FGV
- Você sabe quais foram os produtos que mais influenciaram no aumento da inflação em julho? Confira
- Após rejeição ao voto impresso, parlamentares cobram a Bolsonaro discussão sobre desemprego e inflação
Ele voltou a descartar a possibilidade de promover congelamento de preços ou restrição às importações e atribuiu a pressão inflacionária às repercussões econômicas da pandemia do novo coronavírus. "Muita gente ficou em casa, passou a produzir menos, menos oferta de produtos, aumento da inflação", argumentou.
O presidente voltou a cobrar a redução das alíquotas do ICMS por parte dos governos dos Estados, aos quais atribuiu a culpa pelo novo aumento do preço da gasolina após reajuste da Petrobras do preço médio de R$ 2,69 para R$ 2,78 o litro. "Poderia baixar a gasolina hoje, só na questão do ICMS, em média R$ 1,20", afirmou.