"A vida de presidente não é fácil. Se alguém quiser trocar comigo, troco agora", diz Bolsonaro
Jair Bolsonaro voltou a dizer que não é fácil ocupar o posto de chefe do Executivo nacional
Em sua primeira viagem após os atos de 7 de setembro, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a dizer que não é fácil ocupar o posto de chefe do Executivo nacional. Ele visitou uma feira do agronegócio em Esteio, no Rio Grande do Sul, e recebeu a Medalha do Mérito Farroupilha.
"A vida de presidente não é fácil. Se alguém quiser trocar comigo, eu troco agora. Mas, entendo que é uma missão de Deus a gente redirecionar este País. Aos poucos, ele vai mudando", afirmou o presidente diante de integrantes do agronegócio.
Poderes devem ser respeitados
Durante o discurso, o chefe do Planalto também afirmou que os Três Poderes devem ser respeitados, citou o ex-presidente Emílio Garrastazu Médici e declarou que o povo não aceita retrocessos na luta pela liberdade.
"Temos Três Poderes, têm que ser respeitados, e buscar sempre a melhor maneira de nos entendermos para que o produto do nosso trabalho seja estendido aos seus 210 milhões de habitantes", disse Bolsonaro, afirmando que o Brasil, aos poucos, "vai mudando".
Na última semana, após ameaçar o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e defender desobediência a decisões judiciais nas manifestações, Bolsonaro se reuniu com o ex-presidente Michel Temer e assinou uma carta falando em conciliação.
Aos apoiadores, neste sábado, 11, o chefe do Planalto destacou que, em primeiro lugar, as pessoas foram às ruas no 7 de setembro contra retrocessos. "Temos uma Constituição que, entendemos, deve ser respeitada a qualquer custo, em especial os incisos do artigo 5º da nossa Constituição", afirmou o presidente.
"Senti os reais motivos para esse povo ir às ruas. Em primeiro lugar, foi para dizer que não aceita retrocessos. O povo quer respeito à Constituição por parte de todos e acima de tudo eles sabem que não podem deixar de lado sempre a defesa e a luta pela nossa liberdade."
Aos agricultores, o presidente citou o ex-presidente Emílio Garrastazu Médici, um dos governantes do regime militar, e disse que lá começou a "revolução" do agronegócio. Ao falar sobre o 7 de setembro, Bolsonaro afirmou que foi apenas mais um na multidão durante as manifestações e pediu aos apoiadores que acreditassem no governo.