Reação

"Alguns querem que vá lá e degole todo mundo", rebate Bolsonaro após repercussão entre apoiadores da 'Declaração à Nação'

O presidente da República também falou sobre as manifestações dos caminhoneiros, afirmando que se passarem do dia 12 de setembro "complica a economia do Brasil"

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JC

Publicado em 10/09/2021 às 16:45 | Atualizado em 10/09/2021 às 16:47
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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tem tentado contornar as críticas que recebeu de seus aliados e apoiadores após a divulgação da "Declaração à Nação", redigida pelo ex-presidente Michel Temer (MDB), em que faz elogios ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, e que não teve intenção de “agredir quaisquer Poderes”.

Para o presidente da República, seu posicionamento um dia após as manifestações do dia 7 de setembro, não significa que ele tenha recuado ou cometido algum erro. Nesta sexta-feira (10), Bolsonaro afirmou que tem recebido cobranças de reações imediatas, “que vá lá e degole todo mundo”, entretanto, o presidente defende que as mudanças no país ocorram de forma gradual. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.

“Hoje em dia não existe país isolado, todo mundo está integrado ao mundo", disse o presidente ao cumprimentar seus apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada. A declaração foi divulgada por canal bolsonarista no Youtube.

Em resposta a um apoiador que pediu a troca dos ministros do STF, o presidente disse que quem for eleito em 2022, terá duas vagas para indicar para o exercício de 2023. “Há certos povos que esperam 100 anos para atingir seu objetivo. Tem uns que querem em um dia. Está indo devagar, está indo", disse.

Sobre as manifestações dos caminhoneiros, Bolsonaro defende que elas devem ser mantidas até este domingo (12). "As consequências de uma paralisação são gravíssimas para todo mundo. Você quando quer, por exemplo, matar berne e mata a vaca. Até domingo, se o pessoal ficar parado, vai sentir, vai ter reflexo, mas se passar disso, complica a economia do Brasil", afirmou Bolsonaro.

Defesa

O ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Luiz Eduardo Ramos, pediu paciência aos apoiadores de Bolsonaro, afirmando que ele é um "estadista e patriota". "Pelo País está disposto a sacrificar a própria vida, que quase foi perdida, há 3 anos, por defender a pátria e a família. Sua bravura foi posta a prova e ele jamais desistiu, apesar dos ataques covardes", declarou o general através do Twitter. 

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