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Entre líderes do G20 na Assembleia da ONU, Bolsonaro é o único sem vacina e recebe alfinetada de prefeito de Nova York

Presidente afirma que não recebeu nenhum imunizante contra a covid-19, mas o Planalto impôs sigilo de 100 anos ao seu cartão de imunizações

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Renata Monteiro

Publicado em 20/09/2021 às 16:52 | Atualizado em 20/09/2021 às 21:59
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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) é o único líder do G20 que declarou não ter tomado vacina contra a covid-19. O chefe do Executivo federal embarcou no último domingo (19) para os Estados Unidos para participar da abertura da 76ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). Na primeira noite em Nova York, a recusa do presidente em tomar a vacina o levou a jantar no meio da rua, em um local sem mesas, devido às rígidas restrições sanitárias em vigor atualmente na cidade, que proíbem estabelecimentos de atender pessoas não imunizadas em suas áreas internas.

Além do presidente brasileiro, nenhum dos demais líderes do G20 que confirmaram presença no evento teve um discurso negativo com relação à vacinação. Três outros líderes não divulgaram nota oficial com as suas situações vacinais, o primeiro-ministro da Rússia, Mikhail Mishustin, e os ministros das Relações Exteriores da China e da Arábia Saudita. A ONU chegou a exigir comprovantes de vacinação para os participantes da Assembleia Geral, mas voltou atrás na última quinta-feira (16).

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Nesta segunda-feira (20), o prefeito de Nova York, Bill de Blasio, mandou um recado bem direto a Bolsonaro, relacionado com a rejeição do gestor em relação à vacina. "Com os protocolos em vigor, precisamos enviar uma mensagem a todos os líderes mundiais, principalmente Bolsonaro, do Brasil, que se você pretende vir aqui, você precisa estar vacinado", declarou, durante pronunciamento.

Segundo a agência de notícias AP, durante encontro bilateral com Bolsonaro, o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, teria elogiado a vacina da AstraZeneca e afirmado que tomou as duas doses, mas Bolsonaro riu e disse que não se vacinou. Após a reunião, o gabinete de Boris Johnson lançou uma nota dizendo que o líder apontou a importância das vacinas para o combate à pandemia e enfatizou a importância do papel que o imunizante de Oxford/AstraZeneca desempenhou no Reino Unido, no Brasil e em outros lugares.

Apesar da fala de Bolsonaro, não é possível comprovar se ele não foi vacinado, pois o Planalto impôs sigilo de 100 anos ao cartão de imunizações do presidente.

Teste positivo

Na tarde desta segunda, uma fonte da CNN Brasil afirmou que um diplomata que faz parte da delegação brasileira em Nova York testou positivo para a covid-19. Essa pessoa não estaria no mesmo voo de Bolsonaro e chegou antes aos Estados Unidos. O Itamaraty e a Presidência da República não confirmaram a informação até o momento.

Segundo os dados da CNN, o diplomata estaria isolado em um quarto do hotel, até que seja submetido a outro teste de covid-19 e que a delegação brasileira consiga rastrear as pessoas com quem ele teve contato.

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