CPI da Covid
Presidente da CPI da Covid chama Wagner Rosário de petulante durante depoimento
Em depoimento à CPI, Wagner Rosário afirmou que a CGU só recebeu informações sobre a relação entre o lobista Marconny Faria e o ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde Roberto Ferreira Dias em julho deste ano
O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, Omar Aziz (PSD-AM), chamou o ministro da Controladoria-Geral da República (CGU), Wagner Rosário, de petulante durante reunião do colegiado. O chefe da CGU bateu boca com senadores durante diversos momentos do depoimento e desafiou a CPI a provar que houve prevaricação na atuação do órgão em meio às suspeitas de corrupção no governo do presidente Jair Bolsonaro.
Em depoimento à CPI, Wagner Rosário afirmou que a CGU só recebeu informações sobre a relação entre o lobista Marconny Faria e o ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde Roberto Ferreira Dias em julho deste ano. Além disso, afirmou que soube das suspeitas de irregularidades na compra da Covaxin apenas em junho de 2021, pela imprensa.
- TCU cobra dos estados e municípios transparência nos recursos repassados para organizações sociais de saúde
- CPI da Covid ouve ministro da Controladoria-Geral da União, Wagner Rosário . Acompanhe
- Cúpula da CPI reage à fala de Bolsonaro; 'Mentiu do começo ao fim', diz Renan
- Após sessão tumultuada, ministro da CGU sai da CPI da Covid como investigado
Na fala, Rosário alegava que não havia informações prévias sobre irregularidades na compra da Covaxin e na atuação de integrantes do governo na aquisição de vacinas contra a covid-19.
Omar Aziz questionou o fato de a CGU ter informações sobre mensagens investigadas desde setembro do ano passado. "Cê não passa um scanner na hora da busca e apreensão e saem os dados aparecendo, não. Tem que ter análise, tem que levar tempo", justificou Wagner Rosário.
Logo em seguida, o senador Otto Alencar (PSD-BA) reagiu à declaração do ministro. "Muito petulante, hein, presidente?". Na sequência, Omar Aziz afirmou com o som do microfone desligado: "petulante pra c...". O áudio vazou na transmissão da TV Senado. A declaração não entrou nas notas taquigráficas da CPI.