Ato contra Bolsonaro toma as ruas do Recife neste sábado
Manifestação acontece também em outras cidades do País. Ato reivindica mais emprego, comida, ampliação da vacinação contra a covid-19 e pede o fim da reforma administrativa proposta pelo governo federal
Atualizada às 12h15
Trabalhadores, políticos, centrais sindicais e representantes de movimentos sociais participam, na manhã deste sábado (02), no Recife, de mais um ato contra o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido). Manifestações semelhantes acontecem em outras cidades brasileiras e também reivindicam "emprego decente, em favor da vida, da renda, contra a fome e a reforma Administrativa (PEC 32)", segundo a Central Única dos Trabalhadores (CUT). Reforço da vacinação contra a covid-19 é outro tema defendido pelos militantes.
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Na capital pernambucana, a concentração foi na Praça do Derby, área central. Por volta das 10h30, teve início a passeata pela Avenida Conde da Boa Vista. Passava do meio-dia quando o ato chegou na Praça do Carmo, no bairro de Santo Antônio, ponto final da manifestação. Em Pernambuco, além do Recife, ocorreram protestos em Caruaru e Garanhuns, ambas no Agreste do Estado. Não houve registro de incidentes.
"Estamos mais uma vez tomando as ruas não só de Recife. São mais de 300 cidades, incluindo as capitais. A classe trabalhadora não aguenta mais tanta opressão desse governo. Essa proposta da reforma administrativa visa acabar com todo o serviço público. Precisa ser retirada do Congresso Nacional", destacou a secretária de políticas sociais da CUT, Andrea Batista, uma das participantes do ato. Ela lembrou que todas as medidas sanitárias contra a covid-19 estão sendo adotadas.
Joice Cunhatã, do Contexto Urbano Karachianassu, está no ato para reforçar a luta dos povos indígenas. "Reivindicamos a demarcação das terras indígenas. Também a luta do povo sem terra. Fora esse governo genocida que a cada dia tira mais nossos direitos. Queremos terra, pão na mesa", afirmou Joice.
O psicólogo Gilson Cavalcanti era um dos manifestantes. "Faço questão de sempre estar na rua contra esse governo. Participei das outras manifestações também. Sou contra a reforma administrativa como ela está colocada. Se não é discutida com as pessoas deixa de ser democrática", comentou. "Estar aqui é luta, força, cidadania, resistência", afirmou a psicóloga Roseane Vaz, que também participou do ato no Recife.