Governadores do Nordeste cobram de Bolsonaro ações para zerar fila de espera do Bolsa Família, que passa dos 2,4 milhões de brasileiros
Na região Nordeste, 881.748 famílias preenchem os critérios de elegibilidade para receber o benefício do Bolsa Família, mas ainda aguardam na fila de espera do auxílio federal
O Consórcio Nordeste encaminhou um ofício ao presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), nesta quarta-feira (6), cobrando ações por parte do governo federal para zerar a fila de espera do Bolsa Família. De acordo com o levantamento feito pela Câmara Temática de Assistência Social do Consórcio Nordeste, com dados disponíveis no portal do Ministério da Cidadania, até o mês de julho deste ano existiam no Brasil 2.415.973 famílias que preenchem os critérios de elegibilidade e até o momento não conseguiram ter acesso ao auxílio.
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Ainda segundo os dados analisados pela Câmara Temática, na região Nordeste, 881.748 famílias aguardam pelo recebimento dessa renda - de fevereiro a julho de 2021 houve um crescimento de 25% dessa fila. Em Pernambuco, no mês de julho, 175.494 famílias estavam registradas na fila de espera do programa federal.
“Como observou-se nas concessões realizadas anteriormente pelo Ministério da Cidadania, as inserções das famílias no Programa não vinham se dando de forma proporcional à demanda do território nacional, sendo necessário que a gestão federal administre a concessão dos benefícios de forma isonômica, assegurando a entrada de acordo com a demanda nos estados”, afirma o documento assinado pelo presidente do Consórcio Nordeste, o governador do Piauí Wellington Dias (PT).
Um ofício também foi encaminhado ao ministro da Cidadania, João Roma, apresentando os números atualizados da demanda reprimida do Bolsa Família, bem como reforço de solicitação de uma agenda com os governadores da região Nordeste. "Diante dos dados apresentados verifica-se a urgente necessidade de implementação de ações para zerar a fila de espera do Programa Bolsa Família, devendo o Estado Brasileiro garantir a proteção social pública e o direito de todo cidadão às condições mínimas de existência humana digna", finalizam os gestores.