Eleições 2022

Em aliança com Raquel Lyra, Anderson Ferreira destaca características que o cacifam para disputar governo de Pernambuco

Prefeito de Jaboatão falou sobre o pleito na tarde desta quarta-feira, na TV Nova Nordeste

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Renata Monteiro

Publicado em 06/10/2021 às 20:35 | Atualizado em 31/10/2021 às 14:14
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Pré-candidato a governador pelo PL, o prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Anderson Ferreira, tem se colocado com cada vez mais firmeza na futura disputa, muito embora evite cravar a posição que ocupará no pleito. Nesta quarta-feira (6), durante o programa Debate na Nova, da TV Nova Nordeste, o gestor voltou a destacar os pontos que o cacifam para a corrida, disse estar preparado para uma possível nacionalização do debate eleitoral e mais uma vez defendeu a unidade nas oposições de Pernambuco, ainda que o grupo não lance apenas um postulante em 2022.

"Hoje não há mais coligações proporcionais, então cada partido precisa montar as suas chapas para deputado federal e estadual. E o nosso grupo político, que tem o PSC e o PL, tem uma expertise muito grande nesse tema. Nós demos várias demonstrações de como se montar uma chapa que agrega a todos. Na Assembleia Legislativa, na eleição passada, nós fizemos cinco deputados estaduais em um único partido. Fizemos três vereadores no Recife em 2020. Nós temos essa bagagem e sabemos que vamos fazer uma chapa no PL com mais de cinco deputados estaduais e três federais. Isso, para quem encabeça uma chapa majoritária, é um dos pré-requisitos básicos: acomodar todas as lideranças políticas para montar um time grande", observou o prefeito.

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Confira no vídeo abaixo quem são os pré-candidatos ao Governo de Pernambuco que já se apresentaram até o momento:

No fim de setembro, PL, PSC, PSDB e Cidadania anunciaram a formação de um bloco político visando as eleições do próximo ano. A ideia, afirmou o coletivo na ocasião, seria lançar apenas um candidato às urnas, podendo ser o próprio Anderson ou a prefeita de Caruaru, Raquel Lyra (PSDB). "(Na oposição) A gente pensa muito parecido, sabemos do passo que temos que dar. Cada um de nós está em cidades estratégicas, o mapa da oposição em Pernambuco nunca esteve tão bem localizado: temos a Região Metropolitana, onde estamos, temos Caruaru, uma cidade polo com a prefeita Raquel, temos o prefeito Miguel (Coelho, DEM), em Petrolina, e todos se colocam como oposição ao governo que está aí. Isso é muito importante para o projeto que nós vamos apresentar", detalhou Anderson.

Apesar de o prefeito de Jaboatão ter citado Miguel em sua fala, o Democratas não integra o bloco do qual o PL faz parte. As lideranças de centro-direita pernambucanas, porém, defendem que, ainda que em grupos distintos, os caminhos seguidos por cada uma delas seja comum, com foco na retirada do PSB do Palácio do Campo das Princesas.

Sobre definições de nomes para a disputa e outras estratégias, como uma futura unificação de forças, Anderson declarou que tudo isso ficará para o início do ano que vem. O gestor, porém, deixou claro que o seu grupo não considera apoiar o projeto de candidatura do Democratas, mas está aberto a receber o partido no coletivo do qual faz parte, caso eles abram mão de encabeçar a chapa.

"Hoje a oposição marcha unida. No ano que vem nós vamos definir qual a melhor estratégia para a gente levar a eleição para a vitória, seja com uma candidatura ou duas, isso é algo que ainda precisamos amadurecer. Eu tenho uma boa relação com Miguel, assim como tenho com Raquel, mas o que fizemos foi reunir quatro partidos porque ninguém pode ser candidato de si mesmo. Quando há uma disputa majoritária, é preciso fazer uma construção de partidos, de chapas para deputados estaduais, deputados federais. São tropas que vão para as ruas para levar essa proposta, esse programa que queremos entregar para Pernambuco. Para isso, a gente precisava começar a se arrumar buscando unidade. Isso não impede que outros partidos possam aderir ao projeto", declarou Anderson Ferreira.

Irmão do deputado federal André Ferreira (PSC), vice-líder do governo Bolsonaro na Câmara, Anderson disse não se preocupar com um possível ligação do seu nome com o do presidente da República, uma vez que, segundo ele, se vier a disputar o governo, será o "candidato de Pernambuco". "O que nós queremos debater é Pernambuco. O governo que está aí quer rotular um candidato de uma forma, outro candidato de outra forma e muitas vezes isso é só uma estratégia para encobrir o debate principal, que deve se dar sobre Pernambuco. (...) Eu defendo um palanque com vários pensamentos dentro de uma única chapa. O pernambucano quer ouvir propostas para o Estado", frisou.

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