Eleições 2022

Afastando rumores de divisão na oposição, Miguel Coelho diz que daria 'nota 11' à união de Raquel e Anderson

Tanto Miguel quanto a prefeita de Caruaru, Raquel Lyra (PSDB), e o prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Anderson Ferreira (PL), são pré-candidatos ao Governo de Pernambuco

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Renata Monteiro

Publicado em 24/09/2021 às 22:05 | Atualizado em 24/09/2021 às 22:07
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Um dia depois do PSDB, PSC, PL e Cidadania anunciarem a formação de um novo bloco oposicionista em Pernambuco visando as eleições de 2022, o prefeito de Petrolina, Miguel Coelho (DEM), afirmou que a movimentação dos aliados não afeta em nada a relação com os aliados e que se pudesse dar uma nota ao movimento de zero a dez, "daria 11". Tanto Miguel quanto a prefeita de Caruaru, Raquel Lyra (PSDB), e o prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Anderson Ferreira (PL), são pré-candidatos ao Governo de Pernambuco, mas a centro-direita do Estado ainda não decidiu se lançará apenas uma ou mais candidaturas no pleito do próximo ano.

"Eu defendo que a gente esteja unido na mesma estratégia, e nisso nós já estamos. O nosso adversário é o PSB, é a Frente Popular. Isso é o que eu falo e vejo Raquel, Anderson, Daniel (Coelho, CID), André (Ferreira, PSC), João Lyra (PSDB), Armando (Monteiro, PSDB) verbalizando. Se vai ser chapa única ou se vai ser interessante a gente ter duas chapas, não dá para antecipar isso, pois o cenário está muito distante, mas a estratégia tem que ser compartilhada e é isso que a gente está fazendo, são legítimas essas organizações. Se você perguntar uma nota de zero a dez, se eu pudesse dava 11", observou Miguel, na noite desta sexta-feira (24).

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O prefeito declarou, ainda, que foi informado com antecedência pelos aliados sobre o movimento, que o enxerga como algo benéfico para a oposição, como um todo, que não concordará com nenhuma análise que relacione o caso com um racha no grupo. "Todos os partidos que estão nesse bloco me apoiaram em 2016 e 2020, então nós já temos uma relação próxima. Eu fui comunicado do que seria feito, mas esse não é uma questão de me chamar ou não me chamar, esse foi um movimento de parte da oposição em prol da própria oposição. Nem tentem criar uma separação, porque não existe. A unidade continua e vai ficar mais fácil de se conduzir, porque antes estava tudo disperso", detalhou.

A visão do gestor municipal é corroborada pelo presidente estadual do Democratas, Mendonça Filho, que inclusive defende que os grupos voltem a se reunir em um segundo momento, mais próximo às eleições, em torno de uma única candidatura. "Eu sempre defendi a unidade e acho legítimo que cada partido possa apresentar os seus pré-candidatos ao Governo do Estado. Mais à frente nós poderemos construir uma harmonização entre esses três nomes em torno daquele nome que deve liderar o projeto. Na política, quando você quer construir consensos, você constrói. E, olhando para o passado, para as últimas eleições, nós vemos que fomos vítimas das divisões internas da própria oposição. Eu deixei de ir para o segundo turno por conta de dois pontos percentuais. É jogo jogado, não tem como você voltar ao passado, mas é preciso aprender com essas situações", afirmou.

Em 2020, no Recife, a oposição lançou cinco candidatos a prefeito. No primeiro turno, Mendonça recebeu 25,11% dos votos válidos, enquanto João Campos (PSB) teve 29,17% e Marília Arraes (PT), a segunda colocada, teve 27,95% da preferência do eleitorado. A segunda candidata melhor posicionada da oposição foi a Delegada Patrícia (Pode), que ficou em quarto lugar, com 14,06% dos votos.

Ato de filiação

Miguel Coelho entra oficialmente o Democratas neste sábado (25), em evento para cerca de 500 pessoas no Bairro do Recife. Na ocasião, o prefeito deve ser oficializado na posição de pré-candidato ao Governo de Pernambuco pelo partido. Até então, Miguel era filiado ao MDB, mesmo partido do seu pai, o senador Fernando Bezerra Coelho, mas a Executiva estadual da agremiação decidiu não ter candidato próprio ao governo em 2022.

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