Zé Trovão se entregou à polícia? Advogados de bolsonarista confirmam informação
O bolsonarista havia pedido asilo político ao México em setembro
Foragido da justiça desde o dia 3 de setembro, o bolsonarista Marcos Antônio Pereira Gomes, conhecido como Zé Trovão, publicou um vídeo por volta das 13h51 em que afirma que se entregaria à Polícia Federal em Joinville, Santa Catarina, nesta terça-feira (26). "Eu vim dizer a vocês o meu muito obrigado. Não sei quanto tempo ficarei no cárcere, mas saibam que tudo isso é pelo Brasil", declarou Zé Trovão em vídeo.
Os advogados do bolsonarista confirmaram ao portal UOL a informação de que Marcos Antônio se entregou à Polícia e informaram que a apresentação foi espontânea. "Na qualidade de advogados do Sr. Marcos Antonio Pereira Gomes, conhecido como Zé Trovão, informamos que na data de hoje promovemos sua apresentação espontânea ao Excelentíssimo Senhor Doutor Delegado Chefe da Polícia Federal em Joinville - Santa Catarina, cidade de seu domicílio." Ainda segundo os advogados, Zé Trovão "está ao dispor da Justiça para provar sua inocência. Na sequência, a defesa formulará pleitos de liberdade".
Em grupo no canal do Telegram dedicado a ele, o homem disse que se entregaria as autoridades brasileiras. "Como diz o nosso hino: 'Verás que um filho teu não foge a luta', eu jamais abandonaria o povo brasileiro. Quando eu saí do país foi para continuar falando e motivando os senhores de bem para continuar lutando por uma nação mais junta", disse no vídeo.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes emitiu uma ordem de prisão contra Zé Trovão no início de setembro, por participar da organização de atos com pautas antidemocráticas no feriado de 7 de setembro.
Zé Trovão
O caminhoneiro era dono do canal no Youtube "Zé Trovão a voz das estradas", que, antes de ser retirado do ar, tinha mais de 40 mil inscritos. Em seus vídeos e postagens, chamava a população para ir a Brasília e exigia a "exoneração dos 11 ministros do STF".
Em outras publicações, fez ataques à CPI da Covid, no Senado, além de ter participado de "motociatas" em favor do presidente Jair Bolsonaro. O líder caminhoneiro já havia sido alvo de busca e apreensão no mês passado, em agosto, no mesmo inquérito.