ELEIÇÕES 2022

Veja propostas do pré-candidato ao governo de Pernambuco João Arnaldo para combater a pobreza no Grande Recife

O JC ouviu, nesta sexta-feira (8), pré-candidatos ao Governo de Pernambuco sobre possíveis soluções para o problema da desigualdade no Estado

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Cássio Oliveira

Publicado em 08/04/2022 às 21:18 | Atualizado em 08/04/2022 às 21:18
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Números divulgados no Boletim Desigualdade das Metrópoles apontaram que o Grande Recife é uma das áreas metropolitanas do Brasil com o maior percentual de pessoas vivendo com 1/4 de salário mínimo.

Em 2021, a capital e seu entorno mantiveram 39,8% de indivíduos sobrevivendo com R$ 275 per capita, valor que corresponde a 1/4 do salário mínimo vigente no ano passado, de R$ 1.100.

Na Região Metropolitana do Recife, a renda média passou a ser a terceira pior dentre as metrópoles brasileiras: R$ 831,66. No recorte dos mais pobres, é aqui onde a situação de vulnerabilidade mostra-se ainda pior. Já que o Grande Recife detém o título de metrópole onde os mais pobres têm o pior rendimento do País.

Nos próximos meses o assunto deve estar ainda mais em evidência, pois já entramos na pré-campanha da disputa pelo Governo de Pernambuco e os postulantes devem atacar o problema.

O JC ouviu, nesta sexta-feira (8), pré-candidatos ao Governo de Pernambuco sobre possíveis soluções para o problema da desigualdade no Estado. Os planos de governo ainda estão na fase de construção, mas, ainda assim, os postulantes trataram do tema.

Confira o posicionamento de João Arnaldo (PSOL)

Ashlley Melo/Divulgação
João Arnaldo é pré-candidato ao Governo de Pernambuco pelo PSOL - Ashlley Melo/Divulgação

A Região Metropolitana do Recife é a maior do Norte-Nordeste, a sexta mais populosa do Brasil e uma das 120 maiores do mundo. São mais de 4 milhões de habitantes distribuídos nos 14 municípios que a compõem.

O Recife, há praticamente uma década, vem amargando o título de capital mais desigual do Brasil. Em 2021, fechamos o ano com 19% da população desempregada. Temos um dos maiores e mais vergonhosos déficits habitacionais do país, nossos jovens da periferia estão sendo assassinados aos montes.

Falta integração, falta compartilhamento, falta planejamento e diálogo. Ou o Estado reassume o protagonismo necessário, ou cada uma das 14 “ilhas” da RMR continuará sozinha. Aqui já tivemos uma das experiências mais exitosas quando se fala em gestão metropolitana, através do Condepe/Fidem, hoje sucateado. Modernizar essa iniciativa, deixá-la pronta para os desafios atuais pode ser o primeiro passo para transformar essa realidade e inverter as prioridades.

 

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