Parlamentares tucanos defendem que PSDB, MDB e Cidadania tenham apenas um candidato à Presidência da República
Grupo lançou uma nota na manhã desta terça defendendo a arrumação. O pré-candidato da sigla é o ex-governador João Doria, de São Paulo
Os líderes do PSDB na Câmara dos Deputados e no Senado, Adolfo Viana (BA) e Izalci Lucas (DF), respectivamente, assinaram uma nota conjunta na manhã desta terça-feira (10) na qual afirmam que a bancada da sigla no Congresso Nacional legitima o presidente nacional do partido, Bruno Araújo, a "avançar nas conversas com o MDB e Cidadania" em prol de uma candidatura única dos partidos ao Palácio do Planalto. O gesto dos parlamentares ocorre cerca de uma semana após uma parte deles ter se encontrado com o pré-candidato da legenda, o ex-governador João Doria, em Brasília.
"A bancada de deputados federais e senadores do PSDB decidiu, na manhã desta terça-feira, legitimar o presidente nacional do nosso partido, Bruno Araújo, a avançar nas conversas com o MDB e o Cidadania buscando uma candidatura única, posto que, na atual conjuntura, eventuais candidaturas isoladas destes partidos tendem a perder força no cenário nacional", diz o texto.
Na primeira semana de maio, Doria esteve com parte da bancada tucana e, na ocasião, chegou a afirmar que gostou da reunião. Ele também teria sido cobrado por ter pouco contato com os parlamentares e por estar tendo uma performance ruim nas pesquisas de intenção de voto que têm sido feitas até agora.
Em meio aos debates têm ocorrido entre os partidos que querem chegar a um nome de terceira via para o pleito, o PSDB vem batendo cabeça internamente, pois uma ala do partido é contrária à postulação de Doria, que ganhou no último mês de novembro prévias eleitorais contra o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite.
Em um dos muitos capítulos dessas desavenças internas, Doria anunciou o afastamento de Araújo da coordenação-geral da sua campanha. No Twitter, à época, o pernambucano escreveu: "Ufa!"
A expectativa é que PSDB, MDB e Cidadania anunciem em 18 de maio o nome que representará as agremiações nas urnas este ano. O União Brasil fazia parte do grupo, mas abandonou a terceira via e afirmou que vai apostar na postulação de Luciano Bivar à Presidência da República.