Bolsonaro volta a criticar TSE e diz que Fachin 'já sabe' o resultado das eleições 2022

Isso porque o presidente do TSE, Edson Fachin, afirmou, em evento nos Estados Unidos, que o País pode ter uma versão ainda mais grave da invasão ao Capitólio

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Amanda Azevedo

Publicado em 08/07/2022 às 16:09 | Atualizado em 08/07/2022 às 16:09
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Da Estadão Conteúdo

O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a criticar ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e a lançar dúvidas sobre o resultado das eleições de outubro. Segundo o chefe do Executivo, é "esquisito" que o presidente da Corte eleitoral, Edson Fachin, "já saiba" o resultado do pleito. Isso porque, como mostrou o Estadão, o magistrado afirmou, em evento nos Estados Unidos, que o País pode ter uma versão ainda mais grave da invasão ao Capitólio.

Ao comentar o assunto, Bolsonaro insinuou que Fachin teria cravado a vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), seu principal adversário.

As declarações foram feitas em transmissão ao vivo do presidente nas redes sociais.

Nesse período de pré-campanha, o presidente tem lançado repetidos questionamentos quanto à lisura do processo eleitoral. Se, no ano passado, sua principal defesa foi pela adoção do voto impresso, neste, o centro de seus discursos sobre o pleito é a integridade do TSE na condução do processo.

"Se ele fala isso, é porque ele tem a certeza de que o candidato dele, que ele tirou da cadeia, vai ganhar. Como ele pode ter essa certeza? Não vou entrar em detalhes o que eu penso, mas lamento (Fachin) agir dessa maneira", afirmou, lembrando que o petista voltou a ser elegível após decisão do magistrado no Supremo Tribunal Federal (STF), em 2021.

Bolsonaro também criticou os ministros Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso, vice-presidente e ex-presidente do TSE, respectivamente, por não terem comparecido ao Congresso para falar sobre "ativismo judicial", a convite do senador Eduardo Girão (Podemos-CE).

Na prática, tratava-se de um convite meramente retórico, mas que funcionou como um "recado" do Congresso ao STF; o Estadão mostrou que parlamentares do Centrão prepararam, inclusive, uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para anular decisões do Supremo. A justificativa apresentada foi justamente "ativismo judicial".

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