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PESQUISA PARA PRESIDENTE 2022: veja números do novo levantamento Datafolha

Foram entrevistados 2.556 eleitores entre a quarta (27) e esta quinta (28) no novo levantamento do instituto Datafolha sobre intenção de voto para presidente nas eleições 2022

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Amanda Azevedo

Publicado em 28/07/2022 às 18:07 | Atualizado em 29/07/2022 às 21:54
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Da AFP

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) mantém uma ampla vantagem de 18 pontos percentuais nas intenções de voto sobre o atual presidente, Jair Bolsonaro (PL), a quase dois meses das eleições, de acordo com a pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira (28).

Lula, de 76 anos, conta com 47% das intenções de voto para a eleição presidencial de 2 de outubro, contra 29% para Bolsonaro.

Na pesquisa anterior, publicada em 23 de junho, Lula tinha 47% das intenções de voto, contra 28% para o atual presidente.

Bolsonaro, 67 anos, cresceu três pontos percentuais entre os mais pobres (54% para Lula, 23% para Bolsonaro) e seis pontos percentuais entre as mulheres (Lula 46%, Bolsonaro 27%), mas perdeu seis pontos entre os eleitores mais ricos (Lula 33%, Bolsonaro 41%).

O presidente ainda não parece beneficiar-se plenamente das ajudas sociais anunciadas por seu governo este mês, como o aumento de R$ 400 para R$ 600 reais do Auxílio Brasil, ou do Benefício Emergencial aos Transportadores Autônomos de Carga no valor de R$ 1 mil reais para os caminhoneiros.

A pouco mais de duas semanas para o início oficial das campanhas, os números seguem apontando para uma eleição polarizada entre Lula e Bolsonaro, que seguem distantes de uma possível terceira via.

Os dois favoritos são seguidos na pesquisas por Ciro Gomes (PDT), com 8% das intenções de voto. Em seguida, há um pelotão de candidatos encabeçados pelas senadora Simone Tebet (MDB), com 2%.

"É uma consolidação das intenções de voto, isso está bem claro inclusive em outras pesquisas. Os eleitores de Lula e de Bolsonaro estão bastante convictos do voto deles", afirmou Adriano Laureno, gerente de análise da consultora Prospectiva.

Laureno acredita que, assim que a população mais pobre começar a receber o aumento no valor da ajuda social, a partir de agosto, e "essa renda entrar de fato na economia, ela gera um efeito de bem-estar geral, aumenta o consumo, o emprego" e isso "ainda pode ajudar a ter uma redução da vantagem do Lula".

No entanto, o analista não crê que essas políticas sejam capazes de produzir a tempo "o impacto necessário que Bolsonaro precisa" para vencer a eleição. Isso poderia fortalecer ainda mais a estratégia "de questionamento das eleições" promovida pelo presidente.

Bolsonaro lançou nos últimos dias oficialmente a candidatura à reeleição com ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF) e à justiça eleitoral. Também voltou a questionar a confiabilidade das urnas eletrônicas no Brasil durante encontro com embaixadores estrangeiros.

Membros da oposição e alguns analistas avaliam que esta postura é parte de uma estratégia de Bolsonaro para não reconhecer uma eventual derrota nas urnas e afetar o processo eleitoral.

O Datafolha ouviu 2.556 pessoas nos dias 27 e 28 de julho em 183 cidades brasileiras. A margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos.

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