SABATINA RÁDIO JORNAL

Danilo Cabral diz que, para o PSB, apoio ao impeachment de Dilma Rousseff foi 'equívoco histórico'

Partidos são novamente aliados hoje, mas parte da militância petista enxerga incoerências na reaproximação

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Renata Monteiro

Publicado em 08/08/2022 às 14:04 | Atualizado em 08/08/2022 às 16:29
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Defensor ferrenho da candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à presidência da República, o deputado federal Danilo Cabral voltou a minimizar possíveis incoerências existentes na reaproximação do seu partido, o PSB, com o PT. Danilo é candidato a governador de Pernambuco.

PT e PSB, antes aliados, se afastaram nacionalmente na época do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), quando os socialistas, incluindo Danilo, foram favoráveis ao afastamento da petista. Em 2020, no Recife, a campanha do hoje prefeito João Campos (PSB) investiu pesado no antipetismo para bater a sua principal adversária, Marília Arraes (SD), então filiada ao partido de Lula.

"Esse processo já foi superado. A direção nacional do PSB já se manifestou sobre isso, já reconheceu que houve um equívoco histórico do partido por ter feito aquela votação, e agora é pensar sobre o momento que estamos vivenciando, e sobretudo no futuro do Brasil", disse Danilo, durante sabatina realizada na Rádio Jornal.

O deputado federal afirmou, ainda, que a aproximação com os petistas é fundamental para evitar a reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL) ou até mesmo uma derrocada da democracia no Brasil.

"Nesse exato momento não é só o PSB que está se juntando com o PT. As forças democráticas do Brasil estão se aglutinando para primeiro preservar a democracia, pois isso é uma ameaça real. (...) O presidente convocou um ato para o dia 7 de setembro, para questionar as instituições, para questionar o processo eleitoral. É uma virada de mesa que ele está propondo e nós precisamos estar alertas", cravou Danilo.

A militância petista de Pernambuco, porém, não parece enxergar dessa forma. Durante passagem de Lula pelo Estado no último mês de julho, Danilo e outros socialistas foram fortemente vaiados e chamados de golpistas nos atos públicos dos quais o ex-presidente participou.

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