ELEIÇÕES 2022
ELEIÇÕES 2022: presença de mulheres nas urnas é maior desde 2014
Apesar de mais presentes nas urnas, as mulheres ainda são preteridas nas chapas para o Executivo
Com informações da Agência Estado
A presença de mulheres nas urnas das eleições de 2022 é a maior desde 2014. Segundo dados registrados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), todos os partidos que disputam o pleito deste ano cumpriram o mínimo de 30% de candidaturas femininas - cota prevista por lei.
Minoria nas candidaturas, as mulheres representam cerca de 53% do eleitorado. Apesar de mais presentes nas urnas, as mulheres ainda são preteridas nas chapas para o Executivo e são delegadas aos cargos de vice.
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CANDIDATURAS FEMININAS CRESCEM
Para as eleições de 2022, o número de candidaturas femininas atingiu a maior proporção da série histórica das eleições nacionais. Ao menos 33,3% dos nomes inscritos nas urnas são de mulheres.
Tanto os partidos quanto as federações - composição autorizada pela primeira vez em 2022 - precisam cumprir a regra eleitoral que obriga que candidaturas femininas representem, no mínimo, 30% de todos os nomes indicados.
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Este ano, entre os partidos, 13 ultrapassaram a média entre postulantes mulheres e homens e dez ficaram mais próximos do piso permitido por lei. Os dados podem ser atualizados.
O Unidade Popular foi a única sigla que inscreveu mais mulheres do que homens (68,3% a 31,6%). PCdoB, PSTU, PSOL e PV também compõem o ranking das legendas mais bem colocadas, com mais de 38% de participação feminina. PRTB, Agir, DC, Novo e PMB são os que mais têm homens proporcionalmente.
MULHERES QUASE SEMPRE COMO VICE
A maior proporção de mulheres candidatas em relação aos homens ocorre justamente nas vagas de vice. Elas ocupam 42% das candidaturas de vice-presidente e 39% das de vice-governador. Nos dois casos, quase metade delas são negras.
Já a disputa por cargos-chave, como o de governador, é dominada por homens - são 185 postulantes ante 38 candidatas. Em oito Estados, nem sequer há uma mulher concorrendo ao Executivo estadual.
A eleição de 2022 deve registrar a maior proporção de candidaturas femininas desde a redemocratização. São 9.434 candidatas, valor 16,5% maior do que em 2018. Os números contrastam com o observado nas candidaturas masculinas, que registraram aumento de 4,6% de uma eleição para outra.
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