BOLSONARO PODCAST PAULO MUZY: veja a participação do presidente no podcast Ironberg
O presidente Jair Bolsonaro (PL) participa do podcast Ironberg, com Paulo Muzy e Renato Cariani
Com Estadão Conteúdo
O presidente Jair Bolsonaro (PL) participou do podcast Ironberg, do educador físico e fisioculturista Renato Cariani nesta sexta-feira (26).
O médico e fisiculturista Paulo Muzy também esteve presente.
Bolsonaro foi ao podcast Ironberg, voltado aos praticantes de atividades físicas, após anunciar, no dia 18 de agosto, a redução de 11% para zero a alíquota do imposto de importação sobre os concentrados de proteína, matéria prima utilizada para a produção do whey protein.
"Ajuda o pessoal que malha", comentou Bolsonaro na ocasião.
FOME
O presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), afirmou nesta sexta-feira (26) que o aumento da fome no Brasil não existe "da forma como é falado".
A declaração de Bolsonaro ocorreu durante participação no podcast Ironberg, com os fisioculturistas Renato Cariani e Paulo Muzy.
"Fome no Brasil, fome pra valer, não existe da forma como é falado", disse o presidente ao ser questionado por Muzy a respeito de medidas para amenizar o problema.
"O que é extrema pobreza? Ganhar menos de US$ 1,90 por dia. O Auxílio Brasil são R$ 20 por dia. Então, quem por ventura estiver no mapa da fome, pode se cadastrar e receber. Não tem fila. São 20 milhões de famílias recebendo", acrescentou Bolsonaro.
No podcast, Bolsonaro também abordou a contratação de professores de educação física para as escolas públicas, segundo ele, as consequências de ampliar as despesas são as "piores possíveis" devido ao efeito sobre o dólar e a bolsa.
O chefe do Executivo ressaltou a restrição orçamentária no País e disse que vai manter o teto de gastos - a regra que limita o crescimento das despesas do governo à inflação do ano anterior.
"Hoje em dia, muita gente reclama sobre isso aí (teto). Mas eu entendo que, se você ampliar os gastos, as consequências serão péssimas para todo mundo. Então, vamos manter o teto de gastos e, na medida do possível, atendendo nem que seja a conta-gotas anseios como esse", disse Bolsonaro
. "Tem que fazer uma conta bem feita, até porque o meu governo foi o primeiro que tem teto de gastos. Eu tenho um limite para gastar. Quanto mais eu empurro de um lado, vou ter que tirar de outro lugar. Você não tem como tirar de outro lugar, estamos no limite do limite", emendou.
O presidente disse que o gasto com servidor público é "bastante alto" no Brasil, mas voltou a sinalizar que deve haver reajuste salarial para as categorias em 2023.
"Não dá para a gente aumentar despesas ou prometer durante um período eleitoral como o que gente está agora para ganhar simpatia dos nossos muitos professores de educação física", disse Bolsonaro.
Na prática, o governo Bolsonaro "driblou" o teto de gastos em diversos momentos nos últimos anos.
Na ocasião mais recente, o Executivo conseguiu aprovar no Congresso uma emenda constitucional que decretou emergência no País para viabilizar o aumento do Auxílio Brasil de R$ 400 a R$ 600, até o final do ano, e a concessão de novos benefícios sociais, às vésperas das eleições e fora do teto.
No final de 2021, os parlamentares aprovaram outra medida que adiou o pagamento de precatórios e liberou mais de R$ 100 bilhões no Orçamento de 2022.