Marília Arraes nega distanciamento de Dilma e diz que petista é 'reforço' na campanha
A ex-presidente participaria de uma caminhada, em Olinda, junto com Marília Arraes, no próximo sábado (22)
A candidata a governadora de Pernambuco, Marília Arraes (Solidariedade), se pronunciou sobre o cancelamento da visita da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), que participaria de uma grande caminhada em Olinda, no próximo sábado (22).
Por nota, Marília Arraes iniciou sua fala pontuando que sempre admirou e respeito a ex-presidente Dilma Rousseff, mas alegou incompatibilidade de agendas para justificar a suspensão do ato.
"Eu sempre admirei e respeitei a ex-presidente Dilma e recebi com muita alegria a possibilidade de sua vinda a Pernambuco, para reforçar a nossa campanha e a do presidente Lula. Saí em sua defesa durante o golpe de 2016 e nos momentos mais difíceis", disse.
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"Dilma tem tarefas e um papel essencial na campanha nacional e, infelizmente, por incompatibilidade de agendas, não foi possível, neste momento, confirmar atividades presenciais. Seguimos juntos e juntas na construção nesse projeto que vai resgatar o protagonismo de Pernambuco e devolver o Brasil aos brasileiros", completou.
A ex-presidente, inclusive, gravou um longo vídeo elogiando a candidata a governadora do Solidariedade, pedindo votos para sua eleição. A peça deverá ser divulgada nas redes sociais de Marília Arraes.
A visita de Dilma Rousseff chegou a ser divulgada inclusive, nas redes sociais do PT de Pernambuco, mas a publicação já foi excluída. A caminhada ocorreria às 13h, com concentração prevista na Praça do Carmo.
Nos bastidores, em meio a suspensão do encontro, aliados alegaram que o motivo do cancelamento se deu em virtude da resistência de Marília Arraes em participar de um ato junto com Dilma, por receio de gerar embates com os movimentos antipetistas na campanha.
O presidente estadual do PT, Doriel Barros, disse ao JC, que o partido teria errado ao divulgar a caminhada antes que houvesse a confirmação de fato, da agenda.
"Realmente não tivemos o mesmo cuidado como na visita do ex-presidente Lula em julho, quando muitas datas foram divulgadas, mas só anunciamos quando houve a confirmação. Mas, não há irritação com a campanha de Marília como querem fazer parecer ter, isso é uma coisa absurda. O que ocorreu foi uma incompatibilidade com as agendas", disse o dirigente petista.
Nas redes sociais, ele assinou uma nota garantindo que o partido está empenhado na eleição de Marília para o Governo de Pernambuco. "Não vamos permitir que sejam propagadas fake news, com objetivo de prejudicar a campanha da candidata Marília Arraes".
O deputado federal Carlos Veras (PT), também em conversa com o JC, rebateu qualquer tipo de mal estar sobre a visita de Dilma a Pernambuco.
"O que houve foi um problema na agenda nacional, de conciliar as atividades. Nós estamos falando de uma ex-presidente da República, a vinda dela requer uma logística de segurança e estrutura, não depende só da nossa vontade", explicou o parlamentar.
APOIOS
A candidata a governadora Marília Arraes recebeu, oficialmente nesta quarta-feira (19), o apoio da federação PSOL/REDE, garantindo 12 partidos no palanque da coligação Pernambuco na Veia.
Na reunião, que contou com a participação do ex-candidato a governador pelo PSOL, o advogado João Arnaldo, a direção da federação deliberou o foco total na eleição do ex-presidente Lula e apoio à candidatura de Marília no segundo turno para o Governo do Estado.
"Consideramos que numa eleição tão importante, na qual está em jogo a democracia no país, não pode aceitar neutralidade.", afirmaram os partidos, conforme resolução.
"Necessitamos que sejam fortalecidas as forças políticas que declaradamente se dispõem a levar adiante essa luta. Eleger Lula e Marilia é a necessidade politica que nos mobiliza e move", finaliza o documento.