Lula convoca Geraldo Alckmin para liderar equipe de transição

Presidente da República eleito, Lula (PT) convocou Geraldo Alckmin (PSB) para ser o coordenador da equipe de transição do Governo Federal. O petista, que derrotou o presidente Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno, assume o cargo no dia 1 de janeiro de 2023. Até o momento, o derrotado nas eleições não se pronunciou sobre o resultado do pleito.

De acordo com informações do G1, a decisão de Lula foi confirmada na manhã desta terça-feira, numa reunião com Gleisi Hoffmann, deputada e presidente do PT. Além dela, participaram lideranças da cúpula do PT, como Aloizio Mercadante, que elaborou o Plano de Governo do então candidato à Presidência da República. O encontro ocorreu num hotel, em São Paulo.

Dessa forma, confirma-se a expectativa de participação ativa de Geraldo Alckmin no Governo Lula. O vice-presidente eleito comandará uma equipe de transição integrada por 50 pessoas. O grupo deve mesclar quadros técnicos e políticos, com intuito de tatear a situação do atual governo e, ao mesmo tempo, dialogar com integrantes da atual gestão e possíveis aliados.

Ainda de acordo com o G1, a equipe de transição despachará do prédio do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB ), em Brasília. Caso confirme-se a tendência observada no passado, os comandantes da equipe de transição tendem a ocupar a linha de frente de ministros no futuro governo.

Em tempo, Geraldo Alckmin já havia estabelecido pontes com o atual governo. Foi ele quem conversou com Hamilton Mourão (REPUBLICANOS-RS), atual vice-presidente e senador eleito. O general do exército, ao ex-governador de São Paulo, reconheceu a derrota de Jair Bolsonaro e se colocou à disposição para ajudar na transição dos governos.

Lula, dessa forma, prepara-se para um terceiro mandato como presidente da República. Ele foi eleito em 2002 e reeleito em 2006. Em 2010, conseguiu eleger sua sucessora, Dilma Rousseff (PT), que sofreu impeachment em 2016. Agora, o petista retorna ao cargo após vencer, por 50,9% a 49,1% o atual presidente, o primeiro da história do Brasil a não conseguir reeleição.