ATAQUES EM BRASÍLIA

PF FALA SOBRE PRISÃO do CACIQUE TSERERE. Veja nota da Polícia Federal

Sobre os ataques, a PF disse que os "distúrbios verificados nas imediações do Edifício-Sede da Polícia Federal estão sendo contidos"

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Lucas Moraes

Publicado em 12/12/2022 às 23:34
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Estopim para atos de vandalismo em Brasília por parte de manifestantes bolsonaristas, na noite desta segunda-feira (12), a prisão do Cacique Tserere foi confirmada pela Polícia Federal, que garantiu a integridade física do detido. 

A nota vem em contraponto ao que dizem os manifestantes, alegando que o indígena estaria com a vida em risco e teria sofrido uma prisão arbitrária.

"A Polícia Federal cumpriu no fim da tarde desta segunda-feira (12/12), em Brasília/DF, ordem de prisão temporária expedida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, em desfavor de cidadão indígena", disse a PF.

"O preso encontra-se acompanhado de advogados e todas as formalidades relativas à prisão estão sendo adotadas nos termos da legislação, resguardando-se a integridade física e moral do detido", continou.

Sobre os ataques, a PF disse que os "distúrbios verificados nas imediações do Edifício-Sede da Polícia Federal estão sendo contidos com o apoio de outras forças de Segurança Pública do Distrito Federal (PMDF, CBMDF e PCDF)".

ATAQUES EM BRASÍLIA

 

Os ataques acontecem depois do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF),  determinar a prisão temporária de José Acácio Serere Xavante, conhecido como Cacique Serere.

A prisão foi decretada a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) por indícios de crimes de ameaça, perseguição e manifestações antidemocráticas em vários pontos de Brasília.

Segundo a Polícia Federal (PF), Serere teria realizado manifestações de cunho antidemocrático em diversos locais de Brasília, notadamente em frente ao Congresso, no Aeroporto Internacional de Brasília, no centro de compras Park Shopping, na Esplanada dos Ministérios e em frente ao hotel onde está hospedado o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Evaristo Sá/AFP
Ônibus e carros foram queimados em Brasília - Evaristo Sá/AFP
EVARISTO SA / AFP
Manifestantes bolsonaristas promovem noite de vandalismo em Brasília no dia da diplomação de Lula - EVARISTO SA / AFP
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Manifestantes bolsonaristas promovem crimes nas ruas de Brasília - EVARISTO SA / AFP
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Manifestantes bolsonaristas promovem crimes nas ruas de Brasília - EVARISTO SA / AFP

Ao pedir a prisão temporária, a PGR disse que ele vem se utilizando da sua posição de cacique para arregimentar indígenas e não indígenas para cometer crimes, mediante a ameaça de agressão e perseguição do presidente eleito e dos ministros do STF Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso.

Segurança reforçada no hotel de Lula em Brasília

O Comando de Operações Táticas da Polícia Federal (PF) e a tropa de choque da Polícia Militar do Distrito Federal cercaram o hotel do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após os extremistas darem início a ações violentas.

Os ataques começaram horas após a cerimônia de diplomação de Lula pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

A Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP/DF) informa que as forças de segurança reforçaram a atuação, em toda área central do capital, para controle de distúrbios civis, do trânsito e de eventuais incêndios. As ações começaram em frente ao edifício-sede da Polícia Federal (PF), em decorrência do cumprimento de mandado de prisão, e se estenderam para outros locais da região central.

Como medida preventiva, o trânsito de veículos na Esplanada dos Ministérios, na Praça dos Três Poderes e outras vias da região central está restrito até nova mudança de cenário, após avaliação de equipe técnica. A recomendação dos órgãos de trânsito é a de que os motoristas evitem o centro da cidade.

"As imediações do hotel em que o presidente da república eleito está hospedado tem vigilância reforçada por equipes táticas e pela tropa de choque da Polícia Militar do Distrito Federal".

 

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