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LULA manda recado a BOLSONARO e diz que irá governar: "Figura anômala, irracional e sem coração"

Lula ainda criticou as tentativas de boicote aos resultados da eleição feitas por Bolsonaro e apoiadores

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Lucas Moraes

Publicado em 13/12/2022 às 16:24 | Atualizado em 13/12/2022 às 17:40
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Com Estadão Conteúdo

Na cerimônia de encerramento dos trabalhos da equipe de transição, nesta terça-feira (13), o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que ganhou as eleições e irá governar a partir de 2023. O petista criticou a incitação do presidente Bolsonaro (PL) a atos "fascistas" e fez questão de ressaltar que o atual presidente não pode se apoderar da coisa pública. Na sua fala, o petista destacou uma série de crítica diretamente a Bolsonaro. 

"Figura anômala, irracional, sem coração e sem sentimento. Uma figura que não é capaz de expressar um gesto de solidariedade", disparou. 

Lula ainda criticou as tentativas de boicote aos resultados da eleição feitas por Bolsonaro e apoiadores, fazendo uma ligação aos ataques registrados em Brasília nessa segunda-feira (12).

 

"Todas as vezes que eu perdi cumprimentei o adversário. Esse cidadão até agora não reconheceu sua derrota. Continua incentivando gente a negar (o resultado das eleições). Negou até na eleição que ganhou do Haddad. Negou dizendo que poderia ter gano no primeiro turno.  Ele segue o rito que todos os fascistas seguem no mundo. Eles fazem parte de organização de extrema direita, existente na Espanha, Itália, França, EUA, Hungria e vários outros países", disse Lula. 

"Ontem (segunda-feira, 12), ele recebeu esse pessoal no Palácio do Alvorada. Ele tem que saber que aquilo é um patrimônio público, não é dele, não é da mulher dele", pontuou. 

'A palavra correta é estrago', diz Lula sobre diagnóstico da transição

"Eu acho que teremos a radiografia perfeita do estrago que foi feito neste país. E a palavra correta é estrago", disse Lula, sobre o diagnóstico feito pela equipe de transição.

Lula agradeceu nominalmente a senadora Simone Tebet (MDB-MS), que integrou a equipe de transição. Durante a campanha, o entorno de Lula sugeria que Simone, uma aliada no segundo turno, teria espaço no governo para ocupar a pasta que desejasse. Recentemente, no entanto, os sinais são de que Simone pode não receber o ministério que deseja.

"Nunca o Estado brasileiro e suas instituições estiveram tão a serviço de um candidato, desde a proclamação da República", disse também Lula, ao repetir o que disse com frequência na campanha ao criticar o presidente Bolsonaro pelo uso da máquina pública na campanha eleitoral. Nesta terça, Lula definiu os gastos de Bolsonaro na campanha como "a farra do boi".

 

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