Terrorismo em Brasília

Capitão da Marinha que participou de atos golpistas é dispensado de cargo no Ministério da Defesa

Vilmar José Fortuna recebeu R$ 35 mil no mês passado, segundo dados do Portal da Transparência

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Renata Monteiro

Publicado em 10/01/2023 às 18:32
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O capitão-de-mar-e-guerra reformado Vilmar José Fortuna, que foi um dos participantes das ações terroristas que ocorreram em Brasília no domingo (8), foi dispensado pela Marinha do cargo que ocupava no Ministério da Defesa.

As informações sobre a dispensa foram divulgadas pela coluna Guilherme Amado, do portal Metrópoles. O site, inclusive, havia informado sobre a participação do militar nos ataques.

Segundo o perfil no LinkedIn de Fortuna, ele ocupava o cargo de assessor no Ministério da Defesa desde 2013. Quando a participação dele nos atos golpistas vieram à tona, a Defesa chegou a dizer que ele não fazia mais parte do órgão, mas depois voltou atrás e disse que havia uma portaria da Marinha que dava ao militar uma função na pasta.

O agora ex-assessor estava designado para uma "Tarefa por Tempo Certo", instrumento usado pelas Forças Armadas para contratar militares da reserva ou reformados para cargos de auxiliares no Poder Executivo.

Esse tipo de função é diferente dos cargos comissionados, que também podem ser utilizados por militares. No caso do posto ocupado por Fortuna, a lotação é no Ministério da Defesa, mas é da Marinha a prerrogativa por uma eventual dispensa.

O capitão-de-mar-e-guerra recebeu R$ 35 mil no mês passado, segundo dados do Portal da Transparência. Esta era a remuneração que ele ganhava como militar reformado lotado na Defesa.

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