GOLPISMO

ANDERSON TORRES: ex-ministro de Bolsonaro diz que documento para mudar eleição seria "triturado" e garante respeitar a democracia

Anderson Torres teve a casa onde mora em Brasília alvo de busca e apreensão na última terça-feira (10)

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Lucas Moraes

Publicado em 12/01/2023 às 17:46 | Atualizado em 12/01/2023 às 17:49
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O ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro Anderson Torres explicou, nesta quinta-feira (12), que a minuta de um decreto que previa instaurar estado de defesa para reverter o resultado da eleição seria triturada. O documento foi revelado pelo jornal Folha de São Paulo, após a Polícia Federal realizar uma operação de bsuca e apreensão na residência do ex-ministro em Brasília. 

"No cargo de Ministro da Justiça, nos deparamos com audiências, sugestões e propostas dos mais diversos tipos. Cabe a quem ocupa tal posição, o discernimento de entender o que efetivamente contribui para o Brasil. Havia em minha casa uma pilha de documentos para descarte, onde muito provavelmente o material descrito na reportagem foi encontrado. Tudo seria levado para ser triturado oportunamente no MJSP. O citado documento foi apanhado quando eu não estava lá", disse Anderson Torres numa publicação do Twitter. 

Anderson complementou que o documento foi "vazado fora de contexto, ajudando a alimentar narrativas falaciosas".

"Fomos o primeiro ministério a entregar os relatórios de gestão para a transição. Respeito a democracia brasileira. Tenho minha consciência tranquila quanto à minha atuação como Ministro", garantiu. 

 

O que foi achado na casa de Anderson Torres

O jornal Folha de São Paulo revelou, nesta quinta-feira (12), que a Polícia Federal encontrou na residência de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro e ex-secretário de Segurança Pública do DF, uma proposta de decreto para o então presidente instaurar estado de defesa na sede do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Anderson Torres teve a casa onde mora em Brasília alvo de busca e apreensão na última terça-feira (10), mesmo dia em que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes decidiu pela prisão do ex-ministro bolsonarista.

O estado de defesa serve para "preservar ou prontamente restabelecer, em locais restritos e determinados, a ordem pública ou a paz social ameaçadas por grave e iminente instabilidade institucional ou atingidas por calamidades de grandes proporções na natureza"

Apesar de ser uma prerrogativa do presidente da República, a medida precisa ser submetida ao Congresso Nacional.

Anderson Torres ainda está nos Estados Unidos. Ele seguiu para a Flórida, onde também está Bolsonaro, no dia dos ataques às sedes dos Poderes em Brasília.

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