INVASÃO DO CONGRESSO

ATAQUES EM BRASÍLIA: Arthur Lira dá opinião sobre punição a CLARISSA TÉRCIO após vídeo sobre INVASÕES em BRASÍLIA

PGR pediu ao STF que André e Clarissa, além da deputada eleita Silvia Waiãpi (PL-AP), sejam investigados por incitação aos atos golpistas

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Lucas Moraes

Publicado em 16/01/2023 às 14:39 | Atualizado em 16/01/2023 às 16:20
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Estadão Conteúdo e Agência Brasil

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), foi à Procuradoria-Geral da República (PGR) nesta segunda-feira (16) pedir a punição das pessoas que foram presas pela Polícia Legislativa durante a invasão do Congresso por apoiadores golpistas do ex-presidente Jair Bolsonaro. Lira entregou à PGR uma notícia-crime com informações sobre os vândalos, segundo informou a Procuradoria.

Leia nesta matéria:

  • Opinião de Arthur Lira sobre Clarissa Tércio e outros dois deputados
  • Lira defende punição de deputados que não reconheceram ataques

 

Na última sexta-feira (13), o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), também se reuniu com o procurador-geral da República, Augusto Aras, para entregar dados dos invasores.

Mais cedo, durante visita a um Batalhão da Polícia Militar localizado nas proximidades da Praça dos Três Poderes, Lira disse que os parlamentares que mentiram e divulgaram fake news sobre os ataques golpistas às sedes dos Três Poderes serão "chamados à responsabilidade".

Em coletiva de imprensa, ele também afirmou que deputados não podem divulgar fatos que "não condizem com a realidade".

Opinião de Arthur Lira sobre Clarissa Tércio e outros dois deputados

O presidente da Câmara, contudo, disse não ver ligação dos deputados eleitos Nikolas Ferreira (PL-MG), Clarissa Tércio (PP-PE) e André Fernandes (PL-CE) com a invasão dos prédios do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal (STF).

"Não vi nos três parlamentares nenhum ato que corroborasse com os inquéritos que foram abertos", declarou Lira, que também afirmou ter conversado com os três.

Na última quinta-feira (12), a PGR pediu ao STF que André e Clarissa, além da deputada eleita Silvia Waiãpi (PL-AP), sejam investigados por incitação aos atos golpistas. ]

"Ao que está posto, tem postagem de seis meses anteriores ao fato. Todos que tiverem responsabilidade vão responder", afirmou Lira. O presidente da Câmara acrescentou não ter nenhuma informação sobre Silvia.

Lira defende punição de deputados que não reconheceram ataques

Ao defender punição a parlamentares que "mentiram" sobre os ataques, Lira se referiu ao deputado eleito Abilio Brunini (PL-MT), que publicou nas redes sociais um vídeo no Salão Verde da Câmara e afirmou que não houve "praticamente nenhum estrago" no local. "É que, se você fica assistindo só na internet, parece que está tudo quebrado em Brasília. Mas não é verdade", diz Brunini, no vídeo.

"Todos que tiverem responsabilidades vão responder, inclusive parlamentares que andam difamando e mentindo com vídeos dizendo que praticamente houve inverdades nas agressões que a Câmara dos Deputados sofreu no seu prédio. Então, esses deputados serão chamados à responsabilidade, porque todos viram a invasão, as cenas são terríveis, violentas, gravíssimas", disse Lira.

"Eles terão que ser chamados à responsabilidade porque, de qualquer maneira, é um parlamentar eleito e não pode estar divulgando fatos que não condizem com a realidade", emendou o presidente da Câmara. Lira visitou o Batalhão da PM junto com a governadora em exercício do Distrito Federal, Celina Leão (PP), e o interventor federal na segurança do DF, Ricardo Cappelli.

Aras diz que já tem 40 denúncias prontas

Ainda nesta segunda-feira (16), Aras informou já ter 40 denúncias prontas, e que novas denúncias contra pessoas flagradas em atos de vandalismo no Senado e na Câmara devem ser apresentadas em breve, junto com a solicitação de outras medidas cautelares. “O Ministério Público tomará todas as medidas”, disse Aras.

Aras frisou haver sete inquéritos abertos no Supremo Tribunal Federal (STF) para apurar a condutas no dia 8 de janeiro. Entre os pedidos já feitos pelo Ministério Público Federal (MPF), está a investigação contra três deputados eleitos e, também, a inclusão do ex-presidente Jair Bolsonaro entre os investigados. As medidas já foram autorizadas pelo relator do caso, ministro Alexandre de Moraes.

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