A deputada estadual Clarissa Tércio (PP), deputada federal diplomada, é um dos alvos do pedido de inquérito aberto pelo procurador-geral da República, Augusto Aras, contra três parlamentares bolsonaristas que incitaram atos golpistas em Brasília no último domingo (8). Além da pernambucana, foram citados por Aras André Fernandes (PL-CE) e Silvia Waiãpi (PL-AP).
Informações publicadas pela coluna Painel, da Folha de S. Paulo, apontam que os dados que chegaram ao Ministério Público Federal (MPF) mostram que os três teriam incentivado os movimentos terroristas através de áudios, vídeos e reuniões. O pedido foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF).
No início da semana, o PSOL e a bancada do PT na Câmara dos Deputados acionaram o STF com a solicitação de investigação contra parlamentares que participaram ou incentivaram os atos antidemocráticos. A investigação seria conduzida pelo ministro Alexandre de Moraes. A suplente Pâmela Bório (PSC-PB) também está na lista dos partidos, além dos três já citados.
No dia em que ataques terroristas foram registrados contra as sedes do Congresso Nacional, STF e Palácio do Planalto, Clarissa publicou um vídeo que mostrava os golpistas na Praça dos Três Poderes. Na legenda do post, a deputada pediu: "Brasília hoje, oremos pelo Brasil!".
Depois que o presidente Jair Bolsonaro (PL) publicou uma nota afirmando ser contra "qualquer ato de violência, vandalismo ou de destruição do patrimônio público, que venha ameaçar a nossa democracia", a parlamentar voltou atrás e editou a legenda.
"A CF nos garante o direito à livre manifestação, de forma ordeira e pacífica. Em alinhamento com @jairmessiasbolsonaro, somos totalmente contra qualquer ato de violência, vandalismo ou de destruição do patrimônio público, que venha ameaçar a nossa democracia. Orem pelo Brasil!", acrescentou a bolsonarista.
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