Operação Lava Jato

MORO pede a Justiça que acusação feita por TACLA DURAN não vá ao STF; confira o motivo

Durante o depoimento de Tacla, o novo juiz da Operação Lava Jato, Eduardo Appio, pediu que o caso fosse encaminhado ao STF devido ao foro privilegiado que Moro tem por ser Senador.

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Jones Johnson

Publicado em 29/03/2023 às 17:20
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O ex-juiz e atual senador pelo Paraná, Sergio Moro (União Brasil) pediu à Justiça, nesta quarta-feira (29), que as acusações de extorsão feitas pelo advogado da Odebrecht, Tacla Duran, não seja encaminhadas ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Tacla prestou depoimento na última segunda (27) e acusou Moro e deputado federal, Deltan Dallagnol (Podemos) de crime de extorsão, alegando ter provas de que pagou US$ 613 mil dólares a um advogado ligado a esposa de Sérgio Moro, a deputada federal Rosangela Moro (União), para obter benefícios durante a Operação Lava Jato.

Durante o depoimento de Tacla, o novo juiz da Operação Lava Jato, Eduardo Appio, pediu que o caso fosse encaminhado ao STF devido ao foro privilegiado que Moro tem por ser Senador.

 

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Senador Sergio Moro (União) e Tacla Duran, advogado da Odebrecht. - Reprodução / Twitter

Na noite desta terça (28), Moro pediu à Justiça que o caso não fosse encaminhado ao Supremo e solicitou que o juiz Appio não tomasse nenhuma decisão a mais sobre processos envolvendo a Operação Lava Jato até que um pedido de suspeição do MPF (Ministério Público Federal) fosse avaliado.

Tal pedido do MPF foi protocolado no último dia 15, mas ainda não houve movimentação do processo.

"O ato em questão, suposta extorsão, entretanto, não teria sido praticado no exercício do mandato parlamentar. Teria sido praticado, em tese, durante o exercício dos cargos de juiz federal e procurador da república, não mais ocupados pelo Senador ou pelo Deputado Federal", diz trecho do requerimento da defesa de Sergio Moro.

Gravações e fotos entregues à PF

Tacla Duran chegou a entregar à Polícia Federal gravações e fotos que reforçam as acusações contra o senador.

Os procuradores colocaram os documentos em sigilo nível 4, um dos mais altos e restritivos.

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