Estadão Conteúdo
O ministro Paulo de Tarso Sanseverino, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), morreu, neste sábado (8), aos 63 anos em decorrência de um câncer em estágio avançado. A notícia comunicada pelo Hospital Moinhos de Vento, onde o ministro havia sido internado nesta semana.
Com uma carreira de quase quatro décadas dedicada à Justiça, graduou-se na PUCRS e atuou como juiz de Direito em várias comarcas.
Após ter sido desembargador do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS), foi nomeado para o STJ em 2010. Mestre e Doutor na área cível, também foi professor acadêmico. Desde novembro de 2021, era ministro substituto do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O ministro deixa a esposa, Maria do Carmo Stenzel Sanseverino, e os filhos Luíza e Gustavo. O velório será realizado neste domingo (9), a partir das 10h, na capela do Cemitério São José, localizada no Crematório Metropolitano de Porto Alegre.
TRAJETÓRIA
Paulo de Tarso assumiu a vaga no STJ em 2010, indicado pelo presidente Lula, em seu segundo mandato. Caberá ao petista indicar o substituto para a vaga.
Sanseverino chegou a passar períodos afastado de licença médica nos últimos meses. O magistrado deixa a esposa, Maria do Carmo, e os filhos Gustavo e Luiza.
A presidente do STJ, Maria Thereza de Assis Moura, disse em nota que o ministro teve uma carreira 'admirável' e que e seu 'legado' como jurista, magistrado e professor é uma 'inspiração'.
"A Justiça brasileira perde um de seus mais brilhantes e dedicados operadores", diz o texto. "Ele deixa um exemplo de integridade, de amor à família, de amizade, de seriedade profissional e de preocupação verdadeira com a justiça em seu sentido mais profundo".
Sanseverino também era ministro substituto no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Partiram dele, na última eleição, as ordens para bolsonaristas removerem publicações que ligavam Lula ao tráfico de drogas e para a campanha petista suspender propagandas que associavam o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ao canibalismo.
O presidente do TSE, Alexandre de Moraes, também divulgou uma nota de pesar neste sábado. O texto elogia a 'retidão, empatia e extremo zelo' de Sanseverino e afirma que a 'Justiça brasileira é testemunha da competência e grandiosidade' do ministro.
Nascido em Porto Alegre, Sanseverino foi promotor de Justiça, juiz e desembargador no Tribunal do Rio Grande do Sul antes de ser indicado ao STJ.
No Superior Tribunal de Justiça, integrava a Segunda Seção e a Terceira Turma. O ministro foi relator de processos importantes, como o que julgou abusiva a alteração de planos de celular sem o consentimento dos clientes.