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"O Brasil tem retomado a harmonia e o diálogo entre os poderes", diz Pedro Campos de evento da ONU

O deputado participa da 78ª Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York

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Tainá Alves

Publicado em 19/09/2023 às 16:09 | Atualizado em 19/09/2023 às 16:20
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O deputado federal, Pedro Campos (PSB) faz parte da comitiva do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na 78ª Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, nos Estados Unidos. Em entrevista à Rádio Jornal o parlamentar destacou alguns pontos abordados no encontro e como é feita a organização da agenda de cada componente do grupo que acompanha o chefe do Planalto.

Enquanto esperava a abertura do evento com o discurso do presidente Lula o socialista falou sobre a presença dos presidentes da Câmara Arthur Lira (PP) e do Senado Rodrigo Pacheco (DEM).

“É um gesto feito pelos presidentes da Câmara e do Senado, e também pelo presidente Lula. Mostrar que o Brasil tem retomado a harmonia e o diálogo entre os poderes, isso é muito importante. Ontem, participamos de um evento da CNI (Confederação Nacional da Indústria) na Bolsa de Valores de Nova York e quando os investidores olham para o Brasil, olham também para essa situação dos poderes, da governança do país e as instabilidades que o país viveu recentemente. Então, vir aqui com a comitiva de deputados e deputadas, com o presidente da Câmara, o presidente do Senado, o presidente Lula vindo junto com eles, mostra que é retomado esse movimento da harmonia entre os poderes e que isso ajuda, inclusive, no ambiente de negócios do país”, disse o parlamentar.

O parlamentar explicou que ele e outros deputados levaram a temática da preservação da caatinga e do risco de desertificação para os debates. “Pernambuco, por exemplo, tem 80% do seu território em área com risco de desertificação. Então, tanto trazer informações como também levar, eu acho que é importante esse é o papel que temos aqui”, destacou.

Durante a entrevista, o deputado falou sobre os títulos verdes que no momento têm sido apontados por especialistas em gestão como uma ferramenta essencial para captar recursos para projetos ambientais e de combate às mudanças climáticas. Eles podem ser vistos como os títulos de dívidas tradicionais, a diferentes é o destino dado aos recursos captados.

“O Brasil trouxe para o evento da bolsa de valores de Nova York toda agenda que está sendo construída do desenvolvimento sustentável. Foi laçando na última semana o programa dos combustíveis do futuro. Está em regulamentação a parte de eólica, o mercado de carbono do brasil e para coroar essa agenda foi lançado pelo ministro Haddad os títulos verdes. Eles são tipos das dívidas do país que são utilizados a captação desses recursos para investimentos em projetos sustentáveis. Foi algo muito bem recebido, não só a questão dos títulos, mas toda essa agenda que o Brasil está trazendo”, pontuou.

Comitiva

A comitiva do presidente Lula, nesta viagem é composta por seis senadores e 15 deputados, incluindo Pedro Campos. Ao longo da conversa, Pedro Campos detalhou como acontece a distribuição de tarefas dos participantes do grupo nesta viagem do presidente.
“Quando trazemos toda essa comitiva, existe a agenda da comitiva onde os parlamentares participam da evento da CMI, discussões na ONU e acompanham o presidente na assembleia geral. Além disso, cada parlamentar constrói uma agenda paralela com a ajuda do consulado”, destacou.

De acordo com deputado eles ficam nos EUA até a próxima quinta-feira (21), até lá estarão participando de palestras e visitas à algumas infraestruturas da cidade para terem um intercâmbio de experiências e a oportunidade de trocas positivas com representantes de outros países.

Minirreforma

Como membro da comissão que discutiu o texto da minirreforma eleitoral o parlamentar revelou que o grupo de trabalhos já foi encerrado e que ele não assinou o projeto de lei complementar.

“O grupo de trabalho produziu um projeto de lei complementar e um projeto de lei ordinário. Para mim existe algumas divergências, por isso eu assinei apenas o projeto de lei ordinária e não assinei o projeto de lei complementar porque tinha discordâncias com o texto que tratava do projeto de lei complementar”, esclareceu.

Além disso, Campos afirmou que alguns pontos deveriam ser esclarecidos para imprensa.

“A questão da garantia dos 30% de vagas pra mulheres e também 30 % dos recursos para as candidaturas femininas é uma garantia constitucional e nenhum que a gente apresentou é um texto constitucional. Nesse ponto específico acredito que não existiu retrocesso dentro da reforma”, afirmou.

Porém para ele ainda existem retrocessos, mas já foi debatido no Plenário e Câmara.
“Eu fui voto vencido em vários deles, por exemplo quando se tratou da proporcionalidade. A gente acredita que a regra que foi colocada de uma barreira onde apenas os partidos que fizeram quociente podem disputar a história da sobra, mas queria a proporcionalidade. A gente vai ver partidos elegendo deputados com média de votos deputados que não vão ser eleitos. Eu votei contra essa questão e tem diversos outros pontos que precisam ser debatidos”.

 

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