Justiça Eleitoral

"Não pedi o fim da Justiça Eleitoral, meu discurso foi mal compreendido", diz Gleisi Hoffmann em coletiva

A presidente nacional do PT afirmou que o "funcionamento da Justiça Eleitoral está sujeito ao escrutínio da sociedade"

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Tainá Alves

Publicado em 22/09/2023 às 15:32 | Atualizado em 22/09/2023 às 18:17
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Presidente nacional do Patrido dos Trabalhadores (PT) e deputada federal, Gleisi Hoffmann (PT-PR) disse nesta sexta-feira (22), no Recife, que não pediu o fim da Justiça Eleitoral, considerando que uma frase dita por ela mesma, na quinta, teria sido mal interpretada.

 

"A minha fala era referente ao debate sobre uma proposta específica que foi a PEC 9, proposta de emenda constitucional 9, que dá anistia aos partidos políticos das multas, seja de prestação de contas ou do processo eleitoral. E os partidos muito criticados dizendo que eram multas milionárias, eu fiz uma crítica muito dura assim à justiça eleitoral, especificamente ao corpo técnico da Justiça Eleitoral, que reiteradamente não se atenha aos aspectos técnicos da prestação de contas", disse a petista.

Na quinta, Gleisi disse que o "funcionamento da Justiça Eleitoral está sujeito ao escrutínio da sociedade"."Não pode ter uma Justiça Eleitoral, que aliás é um absurdo. Um dos únicos lugares do mundo que tem Justiça Eleitoral é no Brasil. O que já é um absurdo e custa três vezes mais do que o financiamento de campanha para disputa eleitoral", mencionou.

Segundo Hoffmann, as pessoas reclamam dos partidos políticos, dos valores das multas, mas não sabem que eles tem um custo com a Justiça Eleitoral que é cerca três vezes maior que a campanha eleitoral.

 "Em uma democracia como nós estamos, qualquer instituição é passível de ter crítica e de ser discutida. Se os partidos podem sofrer, por que a justiça não pode sofrer, a justiça eleitoral não pode sofrer ou outra instituição? Acho que a presença de debate é salutar, porque, por exemplo, nós temos uma justiça eleitoral que custa nove vezes o que custa o sistema partidário", afirmou.

DEFESA DA DEMOCRACIA

Gleisi também fez questão de frisar que não admite questionamentos sobre sua postura em defesa da democracia e relembrou suas lutas relacionadas ao processo democrático brasileiro e no combate à ditadura.

Além disso, ela defendeu a cota de 20% de mulheres na Câmara em 2026 e sugeriu substituir um homem eleito por uma mulher com menos votos, caso os lugares reservados para mulheres não seja preenchidos. Ela afirmou que esse tipo de punição seria "pedagógica".

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