"A Frente Popular, no que ela era no passado, é morta, não existe mais", afirma o Humberto Costa em entrevista
Senador falou sobre o protagonismo do PT e eleições 2024

Na manhã desta segunda-feira (23), em entrevista à Rádio Jornal, o senador Humberto Costa (PT) afirmou que a Frente Popular do passado não existe mais. Uma frente popular é formada por militâncias e coligações de partidos que lutam por algumas causas juntos. A de Pernambuco é composta pelos grupos: Partido dos Trabalhadores (PT), Partido Socialista Brasileiro (PSB), Partido Comunista do Brasil (PCdoB), Movimento Democrático Brasileiro (MDB), Republicanos, Partido Democrático Trabalhista (PDT), Progressistas, Partido Verde (PV) e Partido Republicano da Ordem Social (PROS).
Humberto destacou o lugar que o Partido dos Trabalhadores ocupa no Estado, relembrando pesquisas de 2018 e 2022 com Marília Arraes, na época em que era filiada ao partido, e com ele também, que sempre ocupavam lugares significativos.
"A força política é significativa. Então, eu acredito que o PT tem sim um protagonismo, agora o PT de Pernambuco também sempre colocou em primeiro plano a questão nacional, né? A questão do governo Lula e por isso nós terminamos em alguns momentos obrigados a abrir mão de um projeto do que tem aqui no Estado em nome de um projeto nacional", explicou.
O senador declarou que mesmo com predominância e relevância do partido, a Frente Popular que existia anteriormente não é mais a mesma.
"Eu sou uma das pessoas que considera que a Frente Popular, no que ela era no passado, é morta, não existe mais. Aquela ideia de um partido tem o domínio em tomar decisões que manda no estado e os outros são meros coadjuvantes, acabou. Então, eu acho que agora a disputa por um predominância no campo da esquerda é uma questão aberta. Não vejo mais, porque o PT aqui em Pernambuco está abrindo mão o tempo inteiro dos seus projetos em nome da questão nacional, por mais relevante que ela possa vir a ser", afirmou.
ELEIÇÕES 2024 E 2026
Sobre as eleições de 2024, o petista explicou que agora o partido em Pernambuco vive um momento de analises, estudando as possibilidades não apenas para o Recife, mas para diversas cidades do Estado. Já para o pleito de 2026, o senador destaca que o partido irá trabalhar para a eleger uma bancada maior de deputados e quem sabe concorrer ao governo de Pernambuco.
"Espero que o PT chegue em ótimas condições em 2026. Na pior das hipóteses renovar um mandato majoritário que tem hoje do Senado e também eleger uma boa bancada e certamente que nós vamos trabalhar. Eu creio que vamos chegar bem, se for o caso, para uma disputa também pelo Governo do Estado e o partido todo o admite essa possibilidade. Porém isso é uma construção e eu acho que o partido tem um protagonismo importante em Pernambuco há muito tempo", afirmou o senador.