Ipespe/JC: Especialista destaca "situação confortável' de João Campos em pesquisa eleitoral e diz que escolha do vice não será fundamental
A pesquisa foi realizada entre os dias 21 e 23 de dezembro, entrevistando 1 mil eleitores da capital de forma presencial
Na manhã desta terça-feira (27) o Blog do Jamildo divulgou a terceira rodada da pesquisa Ipespe em parceria com o Jornal do Commercio. A análise mostra os dados para as eleições 2024 para prefeitura do Recife e aceitação do governo de Raquel Lyra (PSDB). O cientista político Antonio Lavareda analisou o resultado da amostra no programa Passando a Limpo da Rádio Jornal também nesta manhã.
A pesquisa foi realizada entre os dias 21 e 23 de dezembro, entrevistando 1 mil eleitores da capital de forma presencial. A margem de erro é de 3,2 pontos percentuais.
PESQUISA APONTA QUE JOÃO CAMPOS PODE SER REELEITO NO PRIMEIRO TURNO
Desta vez o atual prefeito do Recife, João Campos (PSB), somou 62% das intenções de votos, podendo ser reeleito em primeiro turno. Para um segundo turno ele venceria com mais 70% contra qualquer um dos candidatos.
Em um cenário de primeiro turno que Campos disputasse com o ex-prefeito e deputado estadual João Paulo (PT), ele ficaria com 49% dos votos e o petista com 13%. Caso o socialista enfrente Daniel Coelho (Cidadania) ou Priscila Krause (Cidadania), como candidato (a) da governadora Raquel Lyra, os candidatos receberiam 5% e 4% das intenções de votos, respectivamente. Já contra em uma possibilidades contra Gilson Machado (PL), o candidato do ex-presidente da república, Jair Bolsonaro (PL), Machado somaria 3%.
Contra Dani Portela (Psol) e Túlio Gadêlha (Rede), eles somariam 2% e 1%, respectivamente. Cerca de 10% dos eleitores afirmaram que vão votar em branco ou anular o voto e 2% afirmaram não saber em quem votar.
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"Essa pesquisa mostra que João Campos está em uma situação digamos confortável com relação à eleição do ano que vem. Naturalmente nós ainda estamos perto de um ano da eleição e muita coisa pode acontecer, mas em relação às preferências eleitorais no que tange ao prefeito que é candidato a reeleição elas estão muito relacionadas com o seu desempenho administrativo. Essa série de Pesquisas JC e Ipespe, ela começou em maio. Na primeira o prefeito tinha 66% de aprovação termina o ano com 77%", explicou o cientista político Antonio Lavareda.
VICE NA CHAPA DE JOÃO CAMPOS
Durante a participação de Lavareda no programa ele foi questionado se a escolha do vice-prefeito para chapa de João Campos seria um movimento bastante desenvolvido visto que o socialista poderá concorrer ao governo do Estado em 2026.
"Eu acredito que essas composições com relação ao papel do lugar do vice-prefeito elas têm muito mais a ver com cálculos que os candidatos fazem da sua trajetória política eleitoral ou adiante dessas composições", disse.
"Vamos olhar os candidatos a vice-prefeito na eleição de 2020 no pleito passado para a Prefeitura do Recife, nós temos dificuldade em lembrar o nome desses candidatos à vice, teremos dificuldade e teremos mais dificuldade ainda de imaginarmos, qual é o papel específico que cada um desses candidatos", destacou o cientista.
O especialista explicou o o vice-prefeito não será fundamental para Campos ser reeleito ou não.
"O fato de que o prefeito João Campos poderá vir a ser ou não candidato em 2026 coloca legitimamente essa questão para os analistas, mas eu digo que não é isso que assume papel central na eleição", disse.
DESAPROVAÇÃO DE RAQUEL LYRA CAI EM 2%
Durante a realização da pesquisa os recifenses também foram questionados se aprovam ou reprovam o governo de Raquel Lyra. O resultado foi 47% de aprovação, 45% de desaprovação e 8% que não responderam. Na primeira amostra a tucana teve 55% de aprovação e 36% de desaprovação, já na segunda ela foi aprovada por 44% e reprovada por 47%, comparando com a analise atual a desaprovação da gestora caiu em 2%.
"A governadora Raquel Lyra conta hoje como aprovação de 47%, em maio ela tinha 55%. Agora tá com 47, mas melhorou em relação a maio quando chegou a 44%. Então, ela tem um crescimento de três pontos nesse intervalo e os recifenses que dizem que aumentará a vontade de votar no candidato caso tenha o apoio dela tomam 21%", analisou Lavareda.
"Tudo isso não é levado em conta, nos diz que mais uma vez nós vamos ver no Recife uma eleição onde os fatores locais juntamente com o papel do governo estadual e os fatores nacionais vão compor uma união e vai se dar o resultado da eleição", continuou.
RAQUEL APOIARIA CANDIDATO DO PT PARA ELEIÇÕES NO RECIFE APONTA CIENTISTA POLÍTICO
Segundo Antônio Lavareda, a gestora estadual, Raquel Lyra, caso não lance um candidato para prefeitura do Recife, como é esperado, só participaria pela esquerda se o Partido dos Trabalhadores tivesse uma candidatura própria.
"Ela só participaria pela esquerda havendo uma candidatura do PT e eventualmente elas somando essa candidatura do PT ou a governadora participaria pela direita, obviamente se o nome direita não fosse Gilson Machado. O que se situa no extremo à direita que nós convenhamos é mais difícil imaginar governadora apoiando e participando nesse lado nesse ponto do espectro", pontou o cientista.
O especialista também destacou que ainda é cedo para definir algo concreto.
"Está tudo muito em aberto, nós precisamos esperar um pouco para ver qual é o posicionamento nesse xadrez da eleição do Recife no ano que vem e a Governadora qual é o movimento que ela virá fazer", finalizou.