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Hamas agradece Lula por comparar ação de Israel em Gaza com Alemanha nazista

As declarações de Lula foram realizadas em entrevista em Adis Abeba, capital da Etiópia, neste domingo (18)

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Da Redação com agências

Publicado em 19/02/2024 às 12:54 | Atualizado em 19/02/2024 às 13:14
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O grupo extremista Hamas, que controla a Faixa de Gaza e está em conflitos com Israel, desde outubro de 2023, divulgou uma mensagem agradecendo ao presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), por comparar os ataques dos israelenses com os da Alemanha Nazista. O comunicado foi compartilhado pelo aplicativo Telegram, neste domingo (18). 

“Nós, do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), agradecemos a declaração do presidente brasileiro Lula da Silva, por descrever aquilo a que o nosso povo palestino tem sofrido na Faixa de Gaza como um Holocausto. Os acontecimento na Faixa de Gaza são como o que o líder nazista Hitler fez aos judeus durante a Segunda Guerra Mundial”, destaca o texto do grupo. 

De acordo com a mensagem do Hamas, o presidente brasileiro fez “descrição precisa dos desafios enfrentados pelo povo palestino e revela a gravidade do crime sionista, realizado com o apoio da administração presidente dos Estados Unidos, Joe Biden”.

ENTENDA O QUE LULA FALOU

Durante uma entrevista em Adis Abeba, capital da Etiópia, o presidente Lula criticou a operação israelense. O chefe do Executivo Nacional acabou fazendo uma comparação entre a morte de palestinos com o extermínio de judeus realizado na Alemanha Nazista.

"O que está acontecendo em Gaza não aconteceu em nenhum outro momento histórico, só quando Hitler resolveu matar os judeus", disse Lula.

No momento, o presidente também fez uma crítica a Israel ao afirmar que Tel-Aviv não obedece a nenhuma decisão da ONU. 

Segundo Lula, o conflito "não é uma guerra entre soldados e soldados, é uma guerra entre um Exército altamente preparado e mulheres e crianças".

"Não é uma guerra, é um genocídio", completou o presidente brasileiro.

A declaração do presidente brasileiro está sendo reprovada por entidades judaicas e por políticos de oposição. Além disso, o governo de Israel criticou as colocações e convocou o embaixador brasileiro no país para explicar o caso. 

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