Dedo em riste e gritaria: Votação das faixas salariais da PM na Alepe é marcada por confusão
Mesmo com toda confusão a pauta foi aprovada na Comissão de Justiça e segue apreciação de outras comissões
A votação do projeto de lei que prevê o fim das faixas salariais para policiais e bombeiros militares na Comissão de Constituição, Legislação e Justiça (CCLJ) da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), apesar da aprovação foi bastante conturbada.
O PL enviado pela governadora Raquel Lyra (PSDB) foi aprovado na comissão com cinco votos positivos, porém parlamentares votaram quatro contra.
Os parlamentares Antônio Moraes (PP), Coronel Feitosa (PL), João Paulo (PT) e Joel da Harpa (PL), iniciaram a reunião com os ânimos aflorados.
Incialmente, houve uma discussão após o presidente da comissão, Antônio Moraes, apresentar uma tabela com valores dos acréscimos nos salários até 2026, ao ter conhecimento do documento Feitosa discordou e afirmou que a tabela era duvidosa, pois não estava de acordo com o Estado e com a Assembleia.
Com os questionamentos do colega de legislatura, Moraes se sentiu injuriado e destacou que as informações eram da Secretaria Estadual da Administração.
Em meio a esse conflito, Joel da Harpa, apontou que "Raquel havia mentido ao defender o projeto de lei em uma publicação nas redes sociais" realizada na noite da segunda (1º).
Além disso, o parlamentar acusou Moraes de tentar persuadir os integrantes da Comissão durante a apresentação dos valores.
Em resposta a Joel da Harpa, o deputado João Paulo pediu que ele respeitasse Raquel e Moraes.
Parecer da relatora
A relatora da matéria é a deputada Débora Almeida (PSDB), que é a favor da pauta do Executivo Estadual. Antes da parlamentar apresentar o parecer o presidente, Antônio Moraes, e o vice, Romero Albuquerque, da comissão se desentenderam.
Os dois discutiram, pois Albuquerque questionou a maneira que a reunião estava ocorrendo, após isso ele pediu a suspensão de 30 minutos para ler o parecer da relatora.
Antônio Moraes destacou que cada parlamentar votaria com consciência, após isso Albuquerque ficou em pé e com o dedo em riste criticando a condução da reunião. A ação do vice presidente da comissão fez o presidente pedir que o microfone fosse desligado.
O texto foi aprovado na Comissão de Justiça e segue para avaliação das pelas comissões de Finanças e Administração. Após a aprovação nas comissões o PL segue para votação em plenário.
Convocação
Ao finalizar a votação o deputado Joel da Harpa se reuniu com os profissionais que estavam em frente a Alepe para convocá-los para estarem presentes no dia da votação no plenário.
O parlamentar também pediu que a categoria cobrasse dos 49 deputados da Casa.