Faixas salarias

"Existe uma ânsia do PSB em voltar ao governo", diz João Paulo sobre posição da bancada na votação pelo fim das faixas salariais

A votação pelo fim das faixas salariais de policiais e bombeiros militares ocorreu na terça-feira (7)

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Tainá Alves

Publicado em 08/05/2024 às 12:58
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Com objetivo de repercutir a votação pelo fim das faixas salarias de policiais e bombeiros militares que aconteceu, na terça-feira (7), na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), a Rádio Jornal convidou o deputado João Paulo (PT) para falar sobre o assunto. Na entrevista o parlamentar destacou que o posicionamento do PSB contra o governo de Pernambuco nesse projeto foi pensando nas eleições 2026. 

João Paulo explicou a escolha da bancada petista composta por ele, Doriel Barros e Rosa Amorim, em votar em favor ao Executivo e definiu como "inconstitucional" a disputa por mudar o projeto original, pois existe a lei de responsabilidade fiscal. 

"Se vendeu principalmente pelos deputados bolsonarista e por parte do PSB a ilusão de que se fosse aprovado. O que ocorreria se as emendas dando o fim das faixas agora fossem aprovadas? Iria se recorrer à justiça que iria dar ganho de causa a governadora e os policiais ia ficar sem nenhum tipo de reajuste esse ano", afirmou o petista. 

Com isso o parlamentar insinuou que existia uma estratégia que buscava ganhos políticos.

"É uma disputa já de 2026 para Governo do Estado e nós não podemos prejudicar os trabalhadores e a população em função de uma eleição ainda que vai vir", apontou. 

"Eu acho que é uma ânsia muito grande do PSB de voltar ao governo e não podemos antecipar esse processo", continuou João Paulo. 

Votação 

Referente a escolha de votar a favor ao projeto do Executivo, o deputado frisou que votou com "consciência política". 

"Ocorreram algumas insinuações de que eu estaria votando no projeto, porque queria ser candidata a prefeito e eu já disse que meu nome não está colocado. O PT está discutindo até a possibilidade da indicação do vice, mas em momento nenhum está cogitado nem a possibilidade de ter um candidato lançado, quanto mais o meu nome", detalhou. 

Outro ponto levantado nos bastidores seria que os petistas buscavam uma parceria com Raquel Lyra. 

"Querem insinuar que o voto do PT foi em função de uma aliança com a governadora. Isso é um absurdo e eu diria até criminoso. Nós aqui defendemos a cidadania", destacou o político. 

PT na chapa de João Campos

Informações de que o PT teria votado diferente do PSB como um recado por não terem recebido, até o momento, a vaga de vice na chapa de João Campos para prefeitura do Recife. 

"Nós votamos de acordo com o que nós entendemos que é melhor para o estado e para garantir a governabilidade. Não vamos entrar em qualquer barco que nós entendemos que é prejudicial ao povo de Pernambuco. O PT continua conversando com o PSB na perspectiva de compor a chapa majoritária", afirmou o deputado João Paulo.

Além disso, o petista revelou que mesmo sabendo "que eles não precisam e não querem o PT na vice" as votações na Alepe não tem nenhuma relação com esse caso.

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