Após desistência de Yves, PT acerta Aron Gomes na vice de Francisco Padilha em Paulista

Partido dos Trabalhadores definiu destino nas eleições de Paulista após o prefeito Yves Ribeiro desistir de disputar a reeleição no município

Publicado em 02/08/2024 às 12:03

O Partido dos Trabalhadores definiu seu destino nas eleições no município de Paulista, no Grande Recife, após o prefeito Yves Ribeiro desistir de tentar a reeleição. Nesta sexta-feira (2), a legenda oficializou o nome da militante Aron Gomes como pré-candidata a vice-prefeita na chapa de Francisco Padilha (PDT).

O nome dela foi aprovado pelo PDT e pela executiva municipal da Federação Brasil da Esperança, que integra PT, PV e PCdoB, em uma reunião realizada na sede do Partido dos Trabalhadores de Paulista.

Participaram do encontro os presidentes municipais do PT, PDT, PCdoB e PV, Nickson Monteiro, Marcelo Barros, Herbert Beserra e Túlio Patriota, respectivamente, além da própria Aron e Francisco Padilha.

A decisão foi tomada após várias reuniões que também envolveram os senadores petistas Teresa Leitão e Humberto Costa e o deputado federal Carlos Veras. Eles estiveram reunidos com a chapa do PDT na última quarta-feira (31), em Paulista.

"Seguimos buscando construir a melhor opção para o município", disse Teresa Leitão.

O PT trabalhava com duas opções para a eleição em Paulista após a desistência de Yves: lançar uma candidatura própria colocando um pré-candidato a vereador para disputar a majoritária ou apoiar um dos pré-candidatos a prefeito da base aliada que já estavam no pleito: Francisco Padilha ou Júnior Matuto (PSB).

A aliança com Matuto não se consolidou devido à resistência de Yves Ribeiro em aparecer no palanque do socialista. Os dois são desafetos históricos e já trocaram farpas em público em inúmeras ocasiões. Desta forma, foi firmada a união com o PDT de Padilha.

Quem é Aron Gomes

Aron Gomes tem 55 anos e é filiada ao Partido dos Trabalhadores há 35. Dentro do partido, ela participou da construção das secretarias partidárias de Juventude e de Mulheres, integrou a direção estadual da legenda e fez parte da secretaria de Mulheres a nível nacional. Atualmente, é membro do diretório municipal em Paulista.

Ela será a coordenadora do programa de governo de Francisco Padilha e diz que vai atuar na defesa dos direitos de pessoas negras, mulheres, comunidade LGBTQIA+, assim como da saúde do município. 

"Uma das prioridades é a construção da maternidade de Paulitsa. Como mulher, quero ajudar para que mulheres possam ter seus filhos na cidade e colocar na certidão que eles nasceram em Paulista, e não em outros municípios. A geração de emprego e o desenvolvimento econômico também são importantes", disse a petista.

Aron é formada em planejamento de eventos, possui curso técnico em Química e de planejamento de Projetos Sociais. Ela revelou que já conhecia Francisco Padilha e que eles vão trabalhar em sintonia.

"Sempre achei uma pessoa muito séria, do bem, muito comprometida. Ele é o único que tem condições de mostrar algo novo para a cidade. Tenho minhas propostas e ele tem as dele, mas estamos no jogo juntos, tudo vai ser combinado no nosso programa de governo", completou Aron Gomes.

Desistência de Yves Ribeiro

Yves Ribeiro anunciou a desistência de disputar a reeleição no mês de julho. Ele decidiu não entrar no pleito por orientação médica e a pedidos da família, que não queria que o gestor disputasse as eleições.

"Com o coração ferido, mas com a alma leve e a cabeça erguida do dever cumprido ao longo dos quase quatro anos de mandato à frente da prefeitura, faço questão de agradecer imensamente a todos meus colaboradores pela parceria em prol da melhoria da qualidade de vida da população, bem como pelo respeito à coisa pública", disse o petista, em nota.

Yves Ribeiro está em seu sétimo mandato como prefeito, sendo o terceiro em Paulista. Ele também já comandou as prefeituras de Itapissuma e Igarassu, ambas situadas no litoral Norte do estado, na Região Metropolitana do Recife. O gestor tentaria seu oitavo mandato na eleição de 2024.

O prefeito se filiou ao PT em dezembro do ano passado, de olho na eleição deste ano. Antes filiado ao MDB, ele afirmou que migrou para o Partido dos Trabalhadores porque sua trajetória seria "semelhante à do presidente Lula".

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