Gilson Machado diz que não teve propaganda suspensa pela Justiça

Candidato do PL afirma que decisão sobre direito de resposta irregular "foi interpretada como medida cautelar" e que peça já não estava em circulação

Publicado em 30/09/2024 às 10:56

A campanha de Gilson Machado (PL) afirmou, nesta segunda-feira (30), que não teve propaganda eleitoral suspensa pela Justiça no fim de semana em ação movida pela Frente Popular do Recife. A chapa de João Campos (PSB) acusou o candidato do PL de veicular um falso direito de resposta contra o socialista no guia eleitoral.

A propaganda em questão mostrava uma apresentadora com semblante sério afirmando que João Campos proferiu fake news a respeito das creches municipais. O vídeo usava características similares às inserções veiculadas pela Frente Popular até a última quarta-feira (25) — quando João Campos ganhou direito de resposta dentro do guia do PL.

A juíza Nicole de Faria Neves, da 4ª Zona Eleitoral, constatou que a propaganda de Gilson tem "potencial de confundir o eleitorado" e configurou-se como "uma simulação de Direito de Resposta que não fora referendado por meio da Justiça competente".

A chapa do PL se defendeu afirmando que "a peça em questão já não estava mais em circulação quando a decisão foi emitida".

A equipe do ex-ministro também disse que a decisão da juíza "foi interpretada como uma medida cautelar e não se aplicou a outras propagandas".

"Gilson continua sua campanha sem interrupções e está focado em levar sua mensagem ao eleitorado", completou Bruno Brennand, advogado de campanha de Gilson Machado.

Entenda o caso

A Frente Popular do Recife acionou a Justiça pedindo a suspensão da exibição de uma peça publicitária veiculada no guia eleitoral de Gilson Machado do último sábado (28), alegando que a propaganda estaria simulando um direito de resposta que nunca existiu. A juíza acatou o pedido.

"Diante de todo o exposto e com fulcro no art. 300 do CPC, DEFIRO PARCIALMENTE O PEDIDO LIMINAR para determinar à suspensão da veiculação da propaganda irregular".

A magistrada acrescentou: "Os representados [Gilson Machado e o PL] se utilizam de uma 'fake news' para acusar os demandantes de, supostamente, produzirem 'fake news'".

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