DENÚNCIA

Vice-Miss São Paulo processa organização do Miss Universo Brasil por racismo

Ieda Favo pede à Justiça o cancelamento do concurso

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Gabriela Andrade

Publicado em 29/10/2021 às 10:30 | Atualizado em 29/10/2021 às 10:35
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Nesta quinta-feira (28), Ieda Favo, vice-Miss São Paulo 2021, afirmou que processou a organização do Miss Universo Brasil. Segundo a modelo, a organização cometeu casos isolados de racismo no concurso estadual feito em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo.

No início de outubro, a modelo falou nas redes sociais sobre o racismo sofrido por ela durante a competição de beleza. As violências iam desde o tratamento ríspido, pedidos para ela ficar atrás nas fotos, atrasos na entrega dos produtos específicos para seu cabelo até um puxão feito por um coreógrafo.

Segundo o portal Solash, Ieda Favo pede a anulação do concurso na etapa estadual que seleciona a representante para a competição nacional. O processo tramita na 5ª Vara Cível do Foro de Guarulhos com o juiz Artur Pessôa De Melo Morais.

Ieda Favo chegou a registrar um boletim de ocorrência na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância. Na época, a jovem disse que optou por formalizar a denúncia para que outras pessoas não passem pelo mesmo que ela.

Declaração

"Além de Miss Guarulhos, eu dou palestra de vendas, treino as meninas que querem entrar no mundo da moda, dou todo esse suporte. Eu imaginei qualquer uma dessas meninas que eu oriento passando pelo tipo de situação que eu passei. Para cortar isso pela raiz, eu pensei, vou relatar [o que houve] para que as pessoas saibam", disse a modelo que em vídeo, também falou sobre os episódios de tratamento negativo diferenciado que ela recebeu durante a realização do concurso. Confira:

 
 
 
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Miss Universo Brasil

Em comunicado, a organização do evento afirmou que, quando soube do ocorrido no evento de São Paulo, pediu uma investigação: "Tem uma investigação em curso, ainda acontecendo, mas não foi apurado nenhum caso de racismo. Pedimos imagens, estão sendo decupadas. A investigação ainda está em curso e conta com uma pessoa designada do Miss Brasil. A organização do Miss Brasil é contra qualquer tipo de preconceito e, até o momento, não foi comprovado que ela tenha sofrido. Recebemos com muita surpresa [a notícia do processo] e não fomos notificados. Ela não procurou conversar com o Miss Brasil, estamos abertos a todos os esclarecimentos".

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