Como MARGARIDA BONETTI fugiu para o Brasil? Em ENTREVISTA INÉDITA, 'a mulher da casa abandonada' revela como descobriu sobre denúncia de escravidão nos EUA
Margarida Bonetti fugiu para o Brasil e mora na 'casa abandonada' há 24 anos
O último episódio do podcast 'A Mulher da Casa Abandonada' traz uma entrevista inédita do jornalista Chico Felitti com Margarida Bonetti, a mulher acusada de ter escravizado uma empregada doméstica por mais de 20 anos nos Estados Unidos.
Margarida dá sua versão aos fatos e se declara inocente. Segundo ela, não tinha conhecimento de nada do que acontecia com a empregada doméstica, já que isso era responsabilidade do seu então marido Renê Bonetti.
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Renê foi julgado nos Estados Unidos pelo crime e preso, mas ela escapou da Justiça americana fugindo para o Brasil. Por isso, um ponto importante para entender a história de Margarida Bonetti é saber como ela fugiu para o Brasil durante a investigação do caso.
Segundo Margarida, ela já estava no país quando tudo aconteceu. Na sua versão, seu ex-marido voltou aos Estados Unidos e não encontrou mais a empregada dentro de casa. Ela diz ainda que a mulher deixou a casa bagunçada e cheia de restos de comida.
Depois que Renê Bonetti foi citado na investigação do FBI, Margarida, que ainda estava no Brasil, disse que ligou para eles, justificou sua ausência por motivos de saúde e pediu para que eles adiassem o inquérito.
Felitti questiona por que ela não voltou aos Estados Unidos depois da melhora de saúde e ela é evasiva: responde que sua mãe, Maria de Lourdes, foi testemunhar no julgamento do ex-marido.
"Eu tenho a saúde, tinha e continuo tendo, a saúde delicada", justifica.
Por fim, Margarida reitera que não sabia do que era acertado entre Renê Bonetti e a empregada, já que ela foi para os Estados Unidos sob a condição de não cuidar de nada relacionada à mulher devido sua saúde frágil.
"Eu falei: 'Olha aqui, eu não quero ir para os Estados Unidos. Eu não tenho condição de fazer coisa nenhuma e eu não vou. Não tenho condições! Não quero'", explica, alegando que foi para o país contra sua vontade e que passava cerca de oito meses no Brasil todos os anos.
Ela reafirmar: a mulher era livre.
"Eu dava muita liberdade pra ela. Além de eu ficar de seis a oito meses no Brasil e ela sozinha, portanto, eu jamais poderia ter mantido ela como escrava, análoga à escrava, porque eu estava aqui. E ela estava lá. Com a chave da casa, entendeu?", completa.
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