ASSASSINO

CASO DANIELLA PEREZ: Guilherme de Pádua fala sobre série: 'muito ruim'

Guilherme de Pádua é o assassino de Daniella Perez; Ex-ator virou pastor revelou o que achou da série Pacto Brutal, que conta como foi a morte da atriz

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Pedro Oliveira

Publicado em 28/07/2022 às 22:57 | Atualizado em 29/07/2022 às 11:30
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Assassino de Daniella Perez, Guilherme de Pádua, de 52 anos, pronunciou-se pela primeira vez sobre "Pacto Brutal", série que conta como aconteceu a morte da atriz e bailarina em dezembro de 1992

Através de suas redes sociais, o ex-ator - que foi condenado a 19 anos de prisão, mas não chegou nem a cumprir nem metade da pena - disse que a produção foi "totalmente parcial".

Dias antes, os documentaristas responsáveis pela produção de "Pacto Brutal" se manifestaram sobre o por quê de não ter colhido o depoimento de Guilherme de Pádua para a série. De acordo com eles, os episódios fazem parte de um documentário que não tem caráter jornalístico. 

Sem falar que, enquanto o processo ocorria na Justiça, tanto Guilherme de Pádua quanto a sua então esposa, Paula Thomaz, receberam muito espaço na imprensa para se defender. Inclusive, contanto diversas versões sobre o caso com o objetivo de confundir as autoridades e opinião pública. 

"Ao longo dos anos, eles tiveram muito espaço na imprensa. Eles ofereceram diferentes versões que foram mudando. Houve até situações em que prometeram 'contar o que nunca foi contado', mas nada acontecia. Somos um documentário, é diferente de jornalismo", afirmou Guto Barra.

Confira o trailer do documentário sobre assassinato da atriz Daniella Perez

O QUE DISSE GUILHERME DE PÁDUA SOBRE PACTO BRUTAL

Em vídeo publicado no Instagram, Guilherme de Pádua - que agora é pastor de uma igreja de Belo Horizonte - negou ter abandonado as redes sociais por causa da série. Ele disse que deixou o mundo digital de lado para no começo da pandemia por orientação de um religioso superior. 

"Eu procurei nesses 10 ou 15 anos relembrar o mínimo possível dessa situação toda. Imagina você ficar sempre relembrando alguma coisa do seu passado da qual você se envergonha, da qual faz você ter uma série de pensamentos ruins, remorso, culpa. Isso não é um bom exercício, né?", disse Guilherme de Pádua

"Eu tava relutante, porque é muito ruim você se ver numa situação em que você é o algoz, em que você é o criminoso, em que você é a pior pessoa do mundo. Enfim, não vou me fazer de vítima, mas óbvio que não é nada agradável", falou.

"Agora, com a série, sabe-se que lá o que vem pra frente aí pra mim. E eu precisei assistir para ver de que forma vai ser aceso, vai ser estimulado ódio, revolta... Existem até leis pra proteger o indivíduo, o egresso que cumpriu sua pena. Existem leis para protegê-lo de perseguição, mas eu não tenho conseguido isso e agora muito menos".

"Um jornalismo investigativo pretende trazer à luz todas as evidências, as provas, e apresentar as hipóteses que cabem com a dinâmica do que foi descoberto, com os horários, provas, perícias. E a HBO, até porque é uma grande produção, parece que envolve até a Warner (...) tinha condição de fazer uma coisa bastante completa, como o Investigação Discovery costuma fazer. E dar a nós, que somos espectadores da série, o direito de fazer nossa própria análise. E a HBO perdeu essa oportunidade", afirma.

 

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